terça-feira, 04 de novembro de 2025
										Foto: Freepik
Em pleno 2025, a diferença salarial entre homens e mulheres no setor privado brasileiro continua sendo um retrato alarmante da desigualdade estrutural que permeia o mercado de trabalho. Segundo o mais recente Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios do Ministério do Trabalho e Emprego, as mulheres recebem, em média, 21,2% menos que os homens em cargos equivalentes. Esse dado representa um retrocesso em relação ao relatório anterior, divulgado em 2024, quando a diferença era de 20,9%.
O levantamento analisou mais de 19 milhões de vínculos empregatícios, revelando que mulheres negras são as mais afetadas pela disparidade, enfrentando múltiplas barreiras relacionadas a gênero e raça. São vários os fatores que faz com que essa diferença persista:
Avanços tímidos apesar da disparidade houve crescimento na participação feminina no mercado formal. No entanto, esse avanço não se traduziu em equidade salarial. A remuneração média mensal das mulheres equivale a apenas 86% da recebida pelos homens.
A principal pergunta é: o que pode ser feito?
A desigualdade salarial não é apenas uma questão de justiça — é um entrave ao desenvolvimento econômico e social. Valorizar o trabalho feminino de forma equitativa é reconhecer que o talento não tem gênero. E que o futuro do Brasil passa, necessariamente, pela equidade.
O levantamento do MTE avaliou mais de 19,4 milhões de vínculos empregatícios, dos quais 41,1% são de mulheres e 58,9% de homens. A remuneração média das mulheres é de R$ 3.908,76, enquanto a dos homens chega a R$ 4.958,43.
Este texto não reflete necessariamente a opinião do Jornal Somos.