quarta-feira, 30 de abril de 2025

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O PERIGO OCULTO: O HÁBITO DE ROER UNHAS E SEUS RISCOS À SAÚDE

POR Cairo Santos | 28/04/2025
O PERIGO OCULTO: O HÁBITO DE ROER UNHAS E SEUS RISCOS À SAÚDE

Foto: Freepik

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A maioria dos brasileiros tem algum hábito, uns inofensivos e outros extremamente perigosos à saúde. Hoje quero convidar você a refletir comigo sobre o perigo de roer unhas.

 

Nos dias de hoje, muitas pessoas encara o hábito de roer unhas como uma simples manobra nervosa, uma forma de lidar com a ansiedade ou o tédio. Contudo, o que pode parecer inofensivo à primeira vista esconde riscos significativos à saúde que merecem nossa atenção. Além de problemas estéticos e a evidência de um quadro de estresse, roer unhas pode levar a uma série de complicações graves, incluindo infecções e doenças mais severas.

 

Um dos principais riscos associados a esse hábito é a introdução de bactérias e fungos presentes nas unhas e nas mãos na corrente sanguínea. Isso pode resultar em infecções cutâneas, como a paroníquia, que frequentemente exige tratamento médico. Além disso, a prática contínua pode danificar a matriz ungueal e afetar o crescimento das unhas, causando deformidades permanentes. Mas, o que muitos não sabem é que o hábito de roer unhas está ligado, em casos extremos, a problemas neurológicos, incluindo o Acidente Vascular Cerebral (AVC). Embora não exista uma relação direta amplamente reconhecida entre o ato de roer unhas e AVC, o estresse e a ansiedade, que muitas vezes impulsionam esse comportamento, são fatores de risco conhecidos para doenças cardiovasculares. Portanto, a gestão do estresse se torna essencial não apenas para a saúde mental, mas também para a integridade física. Além disso, o ato de roer unhas pode estar associado a distúrbios compulsivos, como o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), aumentando a necessidade de intervenções mais profundas para tratar a causa subjacente do comportamento.

 

Profissionais de saúde mental alertam para a importância de buscar ajuda quando o hábito se torna incontrolável ou causa sofrimento. Portanto, é vital incentivar a conscientização sobre os riscos envolvidos com o roer unhas e promover alternativas saudáveis para lidar com o estresse e a ansiedade. Práticas como a meditação, exercícios físicos e terapia são excelentes maneiras de substituir esse hábito prejudicial. Em suma, roer unhas pode parecer um pequeno vício, mas suas consequências podem ser muito mais sérias do que imaginamos.

 

Cuidar da saúde das nossas unhas é um reflexo do cuidado com nossa saúde como um todo.  O caso prático mais recente acometeu o criador de conteúdo Mario Colomina que sofreu um AVC após contrair a bactéria Staphylococcus aureus. O influenciador revelou que o problema começou pelo hábito de roer unhas, que causou uma grave infecção. A situação levou a insuficiência cardíaca e exigiu cirurgia no coração.

 

A informação foi compartilhada nas redes sociais do próprio Mario, que usou o espaço para alertar sobre os perigos desse hábito.

 

Este texto não reflete necessariamente a opinião do Jornal Somos.

 

 

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