A cada 10 minutos, uma criança ou adolescente se torna vítima de estupro no Brasil. Na internet, o abuso sexual infantil acontece em silêncio. Não ignore os sinais.

No Brasil, o dia 18 de maio, dia nacional de combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes, não é apenas uma data no calendário; é um marco que nos convida a refletir sobre uma das questões mais graves e dolorosas que afetam nossas crianças e adolescentes: o abuso sexual. Instituído como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, essa data nos alerta para a necessidade urgente de ações preventivas e de uma mobilização coletiva em torno desse tema.

O abuso sexual infantil é um crime hediondo que, muitas vezes, ocorre nas sombras, em ambientes que deveriam ser seguros, como o lar e a escola. Segundo pesquisas, uma em cada cinco meninas e um em cada treze meninos são vítimas de abuso sexual antes dos 18 anos. Esses números alarmantes revelam a urgência de um trabalho preventivo e de conscientização em nossa sociedade. A prevenção deve começar em casa, com pais e responsáveis criando um ambiente de diálogo aberto, onde as crianças se sintam seguras para falar sobre suas experiências. A educação sexual, abordada de maneira adequada à idade, é fundamental para que as crianças possam reconhecer comportamentos inadequados e aprender a dizer não. Além disso, é essencial que todos nós, como sociedade, estejamos atentos aos sinais de abuso e saibamos como agir. Denunciar é um ato de amor e proteção.

As escolas desempenham um papel crucial nesse processo. Programas de formação para professores e funcionários, além de abordagens educativas que ensinem sobre limites, consentimento e respeito, podem fazer a diferença na vida de muitos jovens. A parceria entre escolas, famílias e órgãos de proteção à infância é vital para a criação de uma rede sólida de proteção. Organizações não governamentais e movimentos sociais também têm um papel importante na promoção de campanhas de conscientização e na formação de profissionais que atuam com crianças e adolescentes.

O dia 18 de maio deverá ser um momento não apenas de lembrança, mas de ação conjunta, onde todos nós nos comprometemos a trabalhar para a erradicação desse problema. Que possamos transformar a dor em ação, a angústia em prevenção e a indiferença em responsabilidade. A luta contra o abuso sexual infantil é um dever de todos.

Este texto não reflete necessariamente a opinião do Jornal Somos.