segunda-feira, 19 de maio de 2025
Foto: Pexel
Os casamentos entre pessoas do mesmo gênero atingiram um novo recorde em 2023. Dados do IBGE mostram que houve 11.198 registros de união entre pessoas do mesmo sexo, maior marca desde 2013, quando o CNJ garantiu o direito ao casamento civil para a população LGBTQIA+.
O aumento foi puxado pelas mulheres, com crescimento de 5,9% nos casamentos entre elas, em relação a 2022, enquanto entre os homens houve queda de 4,9%.
Apesar da alta, as uniões entre pessoas do mesmo gênero representaram apenas 1,9% do total de casamentos civis registrados em 2023. Foi 940.799 casórios, uma queda de 3% em relação a 2022.
Nos últimos anos, o Brasil tem testemunhado um crescimento significativo nos casamentos entre pessoas do mesmo gênero. Desde a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que reconheceu a união homoafetiva, milhares de casais têm oficializado suas relações, celebrando o amor e a igualdade.
Esse avanço representa uma vitória importante para a comunidade LGBTQIA+, garantindo direitos que há muito tempo foram negados. Casais de todo o Brasil agora podem construir suas vidas com segurança jurídica, tendo acesso a benefícios como adoção, partilha de bens e direitos previdenciários. Além disso, a aceitação social tem avançado, com mais cerimônias sendo realizadas abertamente e famílias apoiando esses momentos de felicidade.
No entanto, apesar dos progressos, o preconceito ainda é uma barreira real e persistente. Muitos casais enfrentam discriminação, seja no ambiente de trabalho, na comunidade ou até mesmo dentro das próprias famílias. A violência contra pessoas LGBTQIA+ continua alarmante, com o Brasil registrando altos índices de agressões e homicídios motivados pela intolerância. Essa realidade reforça a necessidade de políticas públicas que garantam a proteção e o respeito aos direitos fundamentais de todos.
O caminho para a plena igualdade e aceitação ainda exige esforços contínuos, seja por meio de educação, políticas inclusivas ou pela amplificação de vozes que promovem o respeito à diversidade. O crescimento dos casamentos entre pessoas do mesmo gênero é uma demonstração clara de que o amor supera barreiras e merece ser celebrado sem restrições. Afinal, mais do que uma cerimônia, o casamento é um símbolo de reconhecimento e dignidade para todos que escolhem trilhar esse caminho juntos.
O progresso é evidente, mas a luta por respeito e igualdade continua. O Brasil avança, e com ele, cresce a esperança de um futuro onde o amor seja livre e respeitado em todas as suas formas.
Com relação a nascimentos, o Brasil manteve a trajetória de queda. O país registrou 2,523 milhões de crianças em 2023 ante os 2,542 milhões do ano anterior, uma redução de 0,7% no período.
Esse foi o quinto ano seguido de baixa no índice. As mulheres estão tendo filhos mais tarde.
Em 2003, 23,9% dos partos tinham sido de mães com pelo menos 30 anos. Já em 2023, esse índice subiu para 39%. O percentual de mães mais novas (até 19 anos) também caiu de 20,9% para 11,8% no mesmo período.