quinta-feira, 21 de novembro de 2024

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MULHERES, POR QUE COMEMORAR O DIA 08/03 APENAS, NÃO É O SUFICENTE

POR Bento Junior | 08/03/2024
MULHERES, POR QUE COMEMORAR O DIA 08/03 APENAS, NÃO É O SUFICENTE

Foto: Reprodução

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Inicio aqui, com um comentário mais pessoal, que acredito que em quase um ano dessa coluna, nunca o fiz para tratar de algo tão importante, e que para mim é imprescindível à sociedade que se discuta.

 

Dito isso, historicamente, as raízes do 08 de março vem de protestos que ocorreram pelo mundo, iniciados em 28 de fevereiro de 1909, em protestos por direitos femininos, com o tempo isso acabou se tornando (por meio da Organização das Nações Unidas, ONU) a data que celebramos hoje.

 

Porém, não só celebrar aquelas que nos dão a vida, que mais lutam por seus filhos e famílias, como o assunto aqui é cultura e entretenimento, temos que analisar em retrospecto, se a mulher de fato está sendo valorizada culturalmente.

 

No Brasil, podemos citar inúmeras poetisas, escritoras, atrizes, músicas e cantoras, que um dia já fizeram história mas hoje não são mais tão lembradas, e outras em menor grau do que deveriam. Carmem Miranda, Chiquinha Gonzaga, Maysa, Tarsila do Amaral, Cecília Meirelles, Rachel de Queiroz e a nossa goiana mais famosa, que inclusive é amplamente referenciada nas colunas e textos desse que vos fala (sempre que possível), Cora Coralina.

 

Pouco se fala também da verdadeira representatividade feminina nos filmes e séries, como a famosa discussão Mulher Maravilha vs Capitã Marvel, cuja comparação vai para além do escopo DC vs Marvel. Alguns são importantes e bons, mas ofuscado por memes, como Barbie, que não foi tão discutido em si (assim como seu “rival”), por ter sido muito falado apenas por dividir a data de estreia com Oppenheimer (ambos perderam parte da força pela história por isso, mas são mais lembrados pelo meme).

 

Além disso, não podemos esquecer que muitos dos maiores nomes da música atualmente são mulheres, Billie Eilish e suas roupas largas para ser reconhecida pela sua música e não pelo seu corpo, Lady Gaga, Beyoncé, e Adele, com seus alcances vocais incríveis, Taylor Swift, Anahí, Dulce Maria e Maite Perroni, com suas multidões nos shows, Hayley Williams, Amy Lee e Avril Lavigne, que ainda encantam novas gerações mesmo a “moda emo” tendo passado, enfim a lista é imensa! Fora também nossas artistas nacionais, Anitta, Alcione, Fafá de Belém, Luisa Sonza, Iza, Ludimilla, Sandy, Roberta Miranda...

 

Mas isso tudo posto, ainda trago-vos uma reflexão: Com tantos grandes nomes femininos, ainda há uma falta de representatividade, ou se trata agora de um “feminismo forçado”? Muitos homens não entendem que não é por que se tem uma protagonista feminina que a obra é “lacração” ou “mimimi”. Temos sim, que observar obras, cujo roteiro nos exige demais a suspensão da realidade, roteiros que não deveriam, mas colocam a protagonista como algo além do real, como se fossem assim apenas por serem mulheres...

 

Devemos prestar as devidas homenagens, e retratar corretamente nossas mulheres, além de valorizar nossas agentes culturais que cada vez mais buscam seus devidos espaços no cenário artístico-cultural mundial...

 

 

Este texto não reflete necessariamente a opinião do Jornal Somos.

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