Mesmo querida entre os torcedores e no comando de um Palmeiras que vive em seu melhor momento, Leila Pereira não escapou de ouvir e teve de rebater falas machistas do senador goiano Jorge Kajuru, transmitidas ao vivo pela TV pública do Senado Federal.

A fala saiu enquanto a sessão da CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas nesta quarta-feira (05), quando em uma atitude de gracejo com a senadora Margareth Buzetti (PSD-MT), única mulher a como integrante da comissão, Kajuru disse:

"Representando as mulheres, ela [Margareth] que gosta de futebol, normalmente mulher vai ao estádio e pergunta quem é a bola. Não é o seu caso", afirmou o parlamentar ao lado de Leila, que riu desconfortavelmente e retrucou.

“Kajuru, hoje tem presidente de clube mulher”, precisou lembrar a mandatária do Palmeiras ao senador.

Em um mundo dando passos pequenos, mas importantes, o futebol parece se agarrar a velhas convenções e preconceitos. Não é apenas essa fala que permeia o mundo do futebol com as mulheres.

Mas é uma pena pelo menos para os machistas. Porque ano após ano, assim como lembrou o senador Carlos Portinho (PL-RJ) que também rebateu Kajuru, “que já foi assim”. Hoje, estádios lotam para ver times femininos de clubes e seleções, como pode ser visto nos amistosos contra Jamaica na Fonte Nova, em Salvador. Esses fatos servem para mostrar ao Kajuru que o mundo do futebol agora está diferente.

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