quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Foto: Polícia Civil de Goiás
Mesmo em um ambiente em que rivais ocupam o mesmo espaço, como a capital Goiânia, por exemplo, pessoas deixam a intimidação de lado e mostram o amor vestindo a camisa do seu time. Por outro lado, gente mal intencionada e com ódio pelo diferente também saem às ruas.
No dia 19 de abril de 2024, três torcedores adolescentes do Vila Nova, sendo um homem e duas mulheres, sofreram uma emboscada de um grupo criminoso que pilotavam três motocicletas no Conjunto Vera Cruz II, em Goiânia.
Autointitulado de “11ª Legião”, os suspeitos integram, segundo a Polícia Civil (PC), a torcida organizada Força Jovem. Eles agrediram as mulheres que voltavam de uma partida da final do Campeonato Goiano 2024 e roubaram os seus pertences, incluindo vestimentas ligadas a torcida rival que elas usavam, deixando-as seminuas nas vias públicas da capital.
Na mesma época, antes, em 31 de março, o mesmo grupo realizou outra emboscada, desta vez mais violenta. Diante de um bar onde reuniam torcedores vilanovenses, os suspeitos dispararam tiros com armas de fogo em direção ao estabelecimento. Na mesma ocasião, um torcedor considerado “inimigo” por eles, foi espancado. Não bastasse o sadismo e a psicopatia latente, eles gravavam e postavam conteúdos dos atos nas redes sociais para chamar a atenção.
Mas achando que iriam sair impunes por serem ligados a organizadas, os sete suspeitos envolvidos foram presos nesta quarta-feira (10) durante a Operação Cartão Vermelho da PC.
Futebol e violência principalmente em países latino-americanos como o Brasil, futebol e violência costumam andar lado a lado, provocando repulsa e afastando os potenciais novos torcedores que sentem vontade de ir ao estádio, mas por questão do medo e de episódios como esse, deixam de ser consumidores do esporte.
Este texto não reflete necessariamente a opinião do Jornal Somos.