quinta-feira, 11 de setembro de 2025
Foto: Pixabay
Nas últimas semanas, manchetes chocantes reacenderam o debate sobre a segurança em torno dos cães da raça pitbull. Casos de ataques graves, inclusive fatais, têm gerado preocupação em diversas comunidades brasileiras. Mas será que o problema está na raça ou na forma como ela é criada?
Veterinários e especialistas em comportamento animal são unânimes: o pitbull não é, por natureza, um animal violento. O que o torna perigoso é o contexto em que vive — negligência, falta de socialização, maus-tratos e ausência de treinamento adequado são fatores determinantes para o comportamento agressivo.
O pitbull é um cão forte, leal e extremamente inteligente. Historicamente, foi usado em rinhas, o que contribuiu para sua reputação de agressividade. No entanto, quando criado com responsabilidade, pode ser dócil e afetuoso. A agressividade, portanto, não é uma característica genética inevitável, mas sim uma consequência de experiências traumáticas e da falta de preparo dos tutores.
Para garantir a segurança de todos — inclusive do próprio animal — é fundamental seguir algumas orientações:
E se o ataque acontecer?
Especialistas recomendam manter a calma, evitar movimentos bruscos e proteger órgãos vitais. Em situações extremas, fingir-se de morto pode fazer com que o cão desista do ataque. A orientação é se deitar com o ventre no chão, proteger o rosto e as orelhas com as mãos e permanecer imóvel.
A discussão sobre os pitbulls não deve se limitar ao medo. É preciso ampliar o olhar para a responsabilidade dos tutores e para a educação sobre comportamento animal. Afinal, todo cão é um reflexo do ambiente em que vive — e cabe a nós garantir que esse reflexo seja de equilíbrio, respeito e segurança.
Este texto não reflete necessariamente a opinião do Jornal Somos.