sábado, 18 de janeiro de 2025
Imagem: reprodução
Em tempos de tecnologia e interconectividade, os golpes financeiros se tornaram um dos maiores desafios enfrentados pelos cidadãos, em especial aqueles mais vulneráveis. Recentemente, uma moradora de Rio Verde foi vítima de um criminoso que se passou por funcionário de um banco conhecido. O golpe, que envolveu a quitação de supostos empréstimos feitos em nome de seu esposo, trouxe à tona a fragilidade de muitas vítimas que, como ela, confiam nas informações que recebem por telefone.
O modus operandi dos golpistas é simples, mas eficaz: uma ligação convincente, informações pessoais detalhadas e uma promessa de resolver pendências financeiras. Para muitas pessoas, principalmente as mais velhas ou com dificuldades de acompanhamento da rotina bancária, é difícil perceber que se trata de um golpe. A vítima, que administrava as finanças de casa devido à deficiência visual do marido, foi induzida a realizar dois pagamentos via PIX, totalizando quase 14 mil reais, para uma conta vinculada a um nome de um beneficiário desconhecido.
O que chama atenção em casos como esse é a sofisticação da abordagem. O golpista, ao demonstrar conhecimento de informações íntimas, cria um vínculo de confiança que, muitas vezes, impede a vítima de questionar a veracidade da situação. No caso da vítima, a desconfiança surgiu apenas após a realização dos pagamentos, quando procurou a agência bancária e confirmou que fora enganada.
É fundamental, portanto, que todos nós, especialmente aqueles com menos familiaridade com as tecnologias bancárias, mantenhamos um olhar atento e questionador diante de qualquer comunicação que envolva nossa saúde financeira. A regra é clara: nunca realizar transações bancárias com base em telefonemas ou mensagens recebidas de números desconhecidos. Bancos e outras instituições financeiras nunca solicitam pagamentos ou dados pessoais por esses meios.
Além disso, os familiares e amigos de pessoas em situação de vulnerabilidade devem reforçar constantemente essas orientações, garantindo que estejam mais preparados para identificar sinais de possíveis fraudes. Afinal, a prevenção é a chave para evitar que episódios como esse se repitam.
A tecnologia é uma grande aliada da sociedade, mas, quando usada de maneira criminosa, pode também ser uma ferramenta de destruição financeira e emocional. A conscientização e a educação são nossos maiores aliados na luta contra esses criminosos.
Este texto não reflete necessariamente a opinião do Jornal Somos