Em um intervalo de apenas 24 horas, a arbitragem brasileira voltou a ser o centro das atenções, ofuscando o desempenho dos times em campo.

No domingo (9), pela semifinal do Campeonato Baiano, uma expulsão inusitada chamou a atenção. Nos minutos finais do primeiro tempo, enquanto aguardava a cobrança de um pênalti, Matheus Firmino, da Jacuipense, deu um leve tapa em Rodrigo Nestor, do Bahia, que caiu no gramado. O VAR foi acionado, e o árbitro Eziquiel Sousa Costa decidiu expulsar Firmino. Com um jogador a menos e ainda desperdiçando o pênalti, a Jacuipense viu o Bahia dominar o jogo e vencer por 5 a 0.

Na segunda-feira (10), outra polêmica surgiu no Campeonato Paulista, na partida entre Palmeiras e São Paulo. Um pênalti marcado a favor do Palmeiras gerou revolta pela interpretação controversa da arbitragem de Flávio Rodrigues de Souza. O lance envolveu um suposto contato de Arboleda em Vitor Roque. O árbitro, posicionado distante da jogada, assinalou a penalidade. No áudio divulgado pela Federação Paulista de Futebol (FPF), os árbitros do VAR identificaram um "calço" no lance, mas ignoraram o movimento de Vitor Roque, que teria deixado a perna intencionalmente para forçar a falta. O Palmeiras venceu por 1 a 0 e avançou à final do Paulistão.

Essas decisões, que deveriam ser mais claras com o suporte do VAR, seguem influenciando de maneira questionável o rumo de partidas decisivas. A falta de critério unificado torna a arbitragem brasileira uma das mais inconsistentes do mundo.

Agora, resta a esperança de que o impedimento semiautomático e a possível implementação do "desafio" tragam mais justiça — ou apenas mais polêmicas — à condução do futebol nacional.

Este texto não reflete necessariamente a opinião do Jornal Somos.