quinta-feira, 21 de novembro de 2024

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DIA DO CINEMA NACIONAL: RELEMBRE ALGUNS CLÁSSICOS BRASILEIROS

POR Bento Junior | 19/06/2024
DIA DO CINEMA NACIONAL: RELEMBRE ALGUNS CLÁSSICOS BRASILEIROS
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O Dia do Cinema Brasileiro é celebrado em 19 de junho. Essa data foi escolhida porque remete àquele que teria sido o primeiro dia em que foram feitas imagens a partir da tecnologia do cinematógrafo no Brasil, isto é: o dia 19 de junho de 1898. Tais imagens foram gravadas a bordo do navio Brésil, que havia saído de Boudeaux, na França, onde o italiano Afonso Segreto tinha acabado de fazer um curso sobre a operação do cinematógrafo e, de lá, acabou trazendo um dos equipamentos para o Brasil. As imagens capturaram o cenário da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro.

 

Em comemoração à data, selecionei alguns filmes essenciais para quem deseja conhecer melhor do nosso cinema além das comédias repetidas lançadas recentemente. O cinema brasileiro sempre foi pautado por discussões sociais que refletem a realidade de seu povo, e sempre tivemos diretores dispostos a tocar na ferida e gerar o debate, mas sem deixar de lado o viés cinematográfico, como “O Pagador de Promessas” e “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, por exemplo. E temos também sucessos mundiais que são lembrados até hoje ao redor do mundo como “Central do Brasil”, “Tropa de Elite” e “Cidade Deus”.

 

Sem mais delongas, confiram a “nata” do cinema brasileiro!

 

O PAGADOR DE PROMESSAS (1962)

Até hoje é o único filme brasileiro a conquistar a Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes, “O Pagador de Promessas” é um filme angustiante, um drama triste sobre a história de um homem inocente diante de um mundo religioso e cheio de pessoas oportunistas. Um dos filmes brasileiros mais importantes e inesquecíveis do nosso cinema. Baseado no livro de Dias Gomes e com direção de Anselmo Duarte.

 

VIDAS SECAS (1963)

Baseado na obra homônima de Graciliano Ramos, “Vidas Secas” é outro drama memorável que acompanha uma família que por causa da seca, decide atravessar o sertão em busca de melhores oportunidades. Um filme que ainda continua poderoso e muito bem realizado.

 

DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL (1964)

Glauber Rocha é um dos diretores mais importantes do nosso cinema, e talvez aqui seja o seu trabalho mais poderoso e significativo, e não é pouco coisa vindo de um sujeito cuja filmografia é repleta de obras intransigentes, ácidas e com um valor social pertinente e sempre oportuno. Aqui temos um filme que vai fundo no sertão para mostrar a trajetória de um homem que se recusa a ser explorado por um coronel, e um ato de violência o coloca em uma trama de fuga e perseguição.

 

TERRA EM TRANSE (1967)

Um filme sobre os corruptos no poder que enganam o povo para saciar seus próprios interesses. Outro longa singular de Glauber Rocha que não ter vergonha de tocar na ferida, e sempre com aquele cinema pulsante cheio de sangue nos olhos.

 

CENTRAL DO BRASIL (1998)

Uma senhora que trabalha escrevendo cartas para analfabeto na estação Central do Brasil, no Rio de Janeiro, decide ajudar um garoto que perdeu o pai. Uma jornada tocante com uma Fernanda Montenegro que foi indicado ao Oscar de Melhor Atriz. Um dos filmes brasileiros mais queridos dos últimos anos!

 

O AUTO DA COMPADECIDA (2000)

Um filme que capta com maestria o humor regional e crítico de Ariano Suassuna, e com um elenco primoroso, principalmente os protagonistas memoráveis encarnados por Selton Mello e Matheus Nachtergaele. Sem dúvida, uma das comédias brasileiras mais lembradas e queridas dos anos 2000.

 

CIDADE DE DEUS (2002)

Talvez seja o filme brasileiro mais aclamado do nosso cinema! Indicado a vários Oscar e amplamente reconhecido mundialmente, esta obra-prima de Fernando Meirelles é cheia de idas e vindas na história de vários personagens na chamada Cidade de Deus do Rio de Janeiro. Inovando na edição e na maneira como transmite a urgência da narrativa, o longa é um estudo de cinema magistral e um filme angustiante, denso e inesquecível.

 

TROPA DE ELITE (2007)

Talvez o mais conhecido mundialmente da lista pela grande massa, é baseado no livro que traz as memórias de Rodrigo Pimentel, é dirigido por José Padilha e tem em Wagner Moura seu protagonista (o eterno Capitão Nascimento). Com trilha sonora marcante, cenas de ação marcantes, bordões eternizados pelos jovens da época, é um dos últimos “grandes filmes” do cinema brasileiro.

 

Esse texto não reflete necessariamente a opinião do Jornal Somos

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