sábado, 18 de janeiro de 2025

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COM 9 PASSAGENS E USANDO DUAS TORNOZELEIRAS, HOMEM É PRESO EM GOIÁS

POR Wanderson Fly | 16/01/2025
COM 9 PASSAGENS E USANDO DUAS TORNOZELEIRAS, HOMEM É PRESO EM GOIÁS

Imagem: Polícia Militar de Goiás

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Jonathas Rodrigues Sousa, de 18 anos, foi preso na última terça-feira (14) em Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, após violar uma das duas tornozeleiras eletrônicas que utiliza. Segundo a Polícia Militar, o jovem possui nove passagens criminais e é monitorado simultaneamente por equipamentos instalados em Goiás.

 

De acordo com a Justiça de Goiás, a tornozeleira do estado foi imposta em razão de um processo por violência doméstica contra a mãe, protegida pelo sigilo judicial. A Diretoria-Geral da Polícia Penal (DGPP) informou que o equipamento foi colocado em outubro de 2024, após medidas protetivas determinadas pela Lei Maria da Penha.

 

A defesa de Jonathas afirmou que a violação ocorreu devido à baixa carga da bateria do dispositivo e confirmou que ele permaneceu preso após audiência de custódia realizada na quarta-feira (15). No entanto, a defesa preferiu não comentar sobre o monitoramento eletrônico integrado ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).

 

A DGPP esclareceu que a remoção de tornozeleiras só ocorre mediante ordem judicial ou quando o monitorado é transferido para uma unidade prisional. Em novembro de 2024, a Justiça já havia constatado ocorrências evidentes de equipamento por parte de Jonathas, dificultando sua localização.

 

Na segunda-feira (14), a polícia cumpriu um mandado de prisão contra o jovem por descumprimento reiterado das condições de monitoramento. A Polícia Penal do DF foi procurada para explicar a instalação do segundo dispositivo, mas não se manifestou.

 

Além da acusação de violência doméstica, Jonathas acumula registros policiais por homicídio, tráfico de drogas, furto, receptação e injúria.

 

Nota na íntegra da defesa do suspeito


“No dia 31 de agosto de 2024, Jonathas Rodrigues Sousa foi preso em flagrante sob a acusação de descumprimento de medida protetiva. Posteriormente, em 18 de outubro de 2024, o magistrado competente determinou que Jonathas poderia responder ao processo em liberdade, condicionado ao uso de tornozeleira eletrônica para monitoramento entre outras medidas cautelares.

 

Contudo, devido à baixa bateria do equipamento, Jonathas retornou ao sistema prisional. A acusação de violação da medida protetiva tem como contexto uma queixa apresentada por sua mãe. Segundo os autos, a própria mãe relatou que Jonathas esteve em sua residência para buscar valores relativos à sua pensão alimentícia, mas ela se recusou a entregar o montante. É relevante destacar que a decisão judicial que estipulava as medidas protetivas não foi entregue pessoalmente a Jonathas.

 

Houve, entretanto, apenas uma tentativa de localizá-lo para intimação, seguida de intimação por edital. Dessa forma, a defesa entende que não foi efetivamente possibilitado a Jonathas tomar conhecimento da existência da referida decisão, o que compromete a caracterização do descumprimento como um ato doloso.

 

A defesa de Jonathas enfatiza que acredita na melhor prestação jurisdicional e que todos os fatos serão devidamente apurados no decorrer do processo para garantir uma decisão justa e fundamentada. No que tange à informação de que Jonathas também estaria sob monitoramento eletrônico em razão de outro processo no âmbito do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), a defesa dativa não se manifesta, pois não patrocina interesses relacionados à referida ação.

 

Ainda, ressalta-se que seguimos acompanhando o desenrolar do caso e reforçamos a confiança na elucidação dos fatos com base no direito e na justiça. Para quaisquer esclarecimentos, a equipe permanece à disposição”.

 

Este texto não reflete necessariamente a opinião do Jornal Somos. 

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