sexta-feira, 05 de julho de 2024

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CHORO DE CR7 MOSTRA UM ATLETA HUMANO (AINDA BEM)

POR Marcos Paulo dos Santos | 02/07/2024
CHORO DE CR7 MOSTRA UM ATLETA HUMANO (AINDA BEM)

Foto: Robbie Jay Barratt - AMA/Getty Images

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Chorar é a coisa mais humana que existe. O ato pode significar tristeza, frustração, felicidade, ódio, decepção, medo e muitos outros sentimentos. Derramar lágrimas pela vitória ou derrota são comuns na natureza humana. Quem nunca abriu o berreiro quando o seu time finalmente conquistou aquele sonhado título ou, chorou em uma final de copa para sua seleção, independente do resultado?

 

Cristiano Ronaldo, atleta imponente, admirado por ter um físico invejável aos 39 anos, que lhe falta apenas uma taça de campeão mundial para chamar de seu pela Seleção Portuguesa, é apelidado de ‘robozão’, por ser uma máquina, uma besta enjaulada, como diria André Henning. Mas nesta segunda-feira (01), ele chorou para o mundo porque perdeu a possibilidade de colocar Portugal na frente da disputa contra Eslovênia em uma cobrança de pênalti na Eurocopa 2024.

 

Me causou uma rápida estranheza e um alívio em termos um homem como o Cristiano botando para fora o seu sentimento de medo em perder uma competição. Estranheza porque eu já via Cristiano como uma entidade quase não-humana. É como se fosse uma um super-herói ainda sem poderes.

 

Para os mortais de redes sociais, sobrou comparação com tratamento dado a Thiago Silva, que também chorou devido à pressão da Copa de 2014 e acusações de vira-latismo ao enaltecer a emoção de Cristiano. Fiscais de emoção que parecem não chorar no dia-a-dia medindo o chororô dos outros.

 

Mas no fim, deu tudo certo para o craque português. Nas cobranças de pênaltis, ele se redimiu e marcou o primeiro de três gols que a Seleção Portuguesa fez contra a Eslovênia, que não fez nenhum gol.

 

“Foi sofrida, não estávamos esperando prorrogação e pênaltis, mas isso é o futebol. Quando menos esperamos as coisas acontecem”, disse Cristiano nos pós-jogo.

 

Aconteceu que Cristiano chorou e todos, inclusive eu, os portugueses e quem torcia, choramos juntos.

 

 

Este texto não reflete necessariamente a opinião do Jornal Somos.

 

 

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