terça-feira, 04 de novembro de 2025

Colunas

BRINCADEIRAS DE RISCO: UM CHAMADO À REFLEXÃO

POR Cairo Santos | 04/11/2025
BRINCADEIRAS DE RISCO: UM CHAMADO À REFLEXÃO
U

Um fato chamou muito atenção envolvendo dois adolescentes. Um adolescente de 14 anos morreu após participar de uma "lutinha" em Goianira, na Região Metropolitana de Goiânia. Carlos Emanuel Milhomem Soares sofreu um golpe no abdômen, passou mal e foi socorrido, mas morreu a caminho do hospital.

 

Nos últimos anos, temos testemunhado um crescimento alarmante no número de acidentes fatais entre adolescentes, decorrentes de brincadeiras que, à primeira vista, podem parecer inofensivas. Desafiados pela busca incessante por adrenalina e aceitação social, muitos jovens se envolvem em atividades perigosas, ignorando os riscos que podem ter consequências trágicas.

 

Brincadeiras como o "desafio da asfixia", "choking game" ou até mesmo jogos que envolvem desafios físicos extremos têm se tornado comuns entre os jovens. Esses atos, muitas vezes impulsionados por redes sociais e a pressão dos pares, podem levar a lesões graves e, em casos extremos, à morte. A busca por likes e reconhecimento virtual pode transformar a diversão em um verdadeiro jogo de sobrevivência, em que os limites são constantemente testados. É fundamental que pais, educadores e a sociedade como um todo estejam atentos a esses comportamentos.

 

O diálogo aberto e a educação sobre os perigos dessas práticas são essenciais. Promover um ambiente em que os adolescentes se sintam seguros para compartilhar suas experiências e preocupações pode ajudar a prevenir tragédias. Além disso, é importante que os jovens compreendam que a verdadeira aceitação não deve vir à custa da saúde e da segurança. Devemos também incentivar atividades alternativas que promovam a união e a diversão de forma segura. Brincadeiras que estimulem a criatividade, o esporte e a colaboração podem ocupar o espaço deixado por essas práticas perigosas.

 

A vida é o bem mais precioso que temos, e nós, como comunidade, precisamos trabalhar juntos para garantir que nossos jovens façam escolhas seguras e saudáveis. Que possamos transformar essa realidade, promovendo uma cultura em que a diversão não signifique se arriscar. A prevenção começa com a conscientização. É hora de agir.

 

Este texto não reflete necessariamente a opinião do Jornal Somos.

COMPARTILHE: