segunda-feira, 12 de maio de 2025

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BOLSA FAMÍLIA: ATÉ QUANDO A DEPENDENCIA?

POR Cairo Santos | 12/05/2025
BOLSA FAMÍLIA: ATÉ QUANDO A DEPENDENCIA?

Foto: MDE

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Hoje quero conversar com vocês sobre um importante programa social do governo federal: O Bolsa Família.

 

O Bolsa Família é um dos programas sociais mais relevantes do Brasil, impactando diretamente milhões de famílias em situação de vulnerabilidade. Criado para combater a pobreza e reduzir a desigualdade, ele garante um mínimo de dignidade a quem mais precisa, permitindo acesso à alimentação, saúde e educação.

 

Entretanto, há quem critique a dependência que algumas pessoas desenvolvem em relação ao benefício. De fato, o programa não deve ser visto como uma solução definitiva, mas sim como um suporte essencial para que famílias possam se estruturar e buscar melhores condições de vida. Para muitos beneficiários, o Bolsa Família não é uma escolha, mas uma necessidade imposta por circunstâncias adversas, como desemprego, baixa escolaridade e falta de oportunidades.

 

O impacto positivo do programa é inegável. Estudos mostram que ele contribui para a redução da extrema pobreza e melhora indicadores sociais, como a frequência escolar e o acesso a serviços de saúde. Além disso, ao injetar recursos diretamente na economia local, fortalece pequenos comércios e impulsiona o desenvolvimento das comunidades mais carentes.

 

O desafio está em garantir que o Bolsa Família continue cumprindo seu papel sem se tornar um mecanismo de estagnação. Para isso, é fundamental que políticas públicas complementares incentivem a capacitação profissional e a geração de empregos, permitindo que os beneficiários possam, gradativamente, conquistar autonomia financeira.

 

Mais do que um auxílio, o Bolsa Família representa um compromisso do Estado com a dignidade e o bem-estar da população mais vulnerável. Seu fortalecimento e aprimoramento são essenciais para que o Brasil avance na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

 

O percentual de domicílios em Goiás com algum beneficiário do Programa Bolsa Família foi de 12,4% no ano passado. Ou seja: 0,5 ponto percentual abaixo ao de 2023 (12,9%).

 

Com essa queda, o percentual mais recente de Goiás foi o quinto menor do país. Ficou acima apenas de Santa Catarina, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.

 

A pesquisa, divulgada pelo IBGE na última semana, levantou também que em 4,8% do total de domicílios de Goiás residiam algum beneficiário do BPC-LOAS, o maior percentual da série, iniciada em 2012.

 

E que em 2,7% dos domicílios goianos residia algum beneficiário de outros programas sociais.

 

Este texto não reflete necessariamente a opinião do Jornal Somos.

 

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