quinta-feira, 21 de novembro de 2024

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AUMENTO DE DÍVIDAS COM BETS: IMPACTO GERA PREOCUPAÇÃO NO GOVERNO

POR Cairo Santos | 17/10/2024
AUMENTO DE DÍVIDAS COM BETS: IMPACTO GERA PREOCUPAÇÃO NO GOVERNO

Foto: Divulgação

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Depois de permitidas no Brasil pelo Congresso Nacional, os deputados e o Governo Federal temem ter dado um tiro no pé. É que a população mais carente tem a cada dia se endividada mais por apostar em jogos on-line.

 

16% dos que já apostaram em bets dizem ter se endividado. Pesquisa PoderData realizada de 12 a 14 de outubro de 2024 mostra que 24% dos eleitores declaram já ter feito apostas on-line nas chamadas bets. Desse grupo, 16% afirmam ter se endividado por causa dos gastos com os jogos e 65% relataram não ter contraído dívidas por causa das apostas. Apesar disso, os percentuais dos que preferiram não responder são altos: 19%. A pergunta sobre o endividamento por causa dos gastos com bets foi feita apenas para o grupo de entrevistados que havia declarado já ter realizado algum tipo de aposta on-line.
As apostas esportivas foram legalizadas no Brasil em 2018, que autorizou a prática desde que as casas estejam de acordo com as normas e leis instituídas.



Os mais endividados por causa de apostas em bets – as taxas são mais altas entre os homens (22%), os adultos de 45 a 59 anos (18%), os moradores da região Norte (22%), os que cursaram o ensino fundamental (22%) e aqueles com renda de até 2 salários mínimos (22%).
A pesquisa PoderData foi realizada de 12 a 14 de outubro de 2024. Foram entrevistadas 2.500 pessoas com 16 anos de idade ou mais em 181 municípios nas 27 unidades da Federação.

 

A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Entre os homens(22%) admitem já ter feito aposta e (59%) dizem nunca ter jogado. Entre as mulheres (8%) admitem já ter jogado e (71%) negam ter jogado. A faixa etária de maior incidência é entre 45 a 59 anos quando (18%) admitem jogar, seguida dos que tem entre 16 a 24 anos com (17%) admitindo jogar. Quem mais joga tem apenas o ensino fundamental (22%) e a pesquisa afirma que evangélicos são os que mais jogam (21%) contra (12%) dos católicos.

 

Este texto não reflete necessariamente a opinião do Jornal Somos.

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