quinta-feira, 13 de março de 2025

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AOS POUCOS AS MULHERES VÃO GANHANDO ESPAÇO NO MERCADO DE TRABALHO

POR Cairo Santos | 11/03/2025
AOS POUCOS AS MULHERES VÃO GANHANDO ESPAÇO NO MERCADO DE TRABALHO

Foto: Freepik

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O mês de março é ainda mais especial porque é todo dedicado às mulheres e isso é muito bom porque vários temas, sobre as mulheres, esquecidos ao longo do ano são bem discutidos neste período. Hoje quero destacar a luta das mulheres para vencer no mercado de trabalho.

 

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), o mercado de trabalho registrou um aumento na participação feminina em 2023, alcançando 43,3 milhões de mulheres ocupadas, avanço de 1,64% em relação ao ano anterior. Com isso, as mulheres passaram a representar 43% do total da população empregada, estimada em 100,7 milhões de pessoas. Esse crescimento reforça o potencial de ampliação da presença feminina nos planos de previdência complementar fechada.

 

Apesar desse avanço no mercado de trabalho, o Relatório Gerencial de Previdência Complementar (RGPC) do terceiro trimestre de 2024 mostra que apenas 38% das participantes de segmentos fechados são mulheres, enquanto os homens representam 62%. Essa diferença tem se mantido estável desde 2015. Já nos segmentos abertos, a participação feminina é maior, correspondendo a 45%, enquanto os homens somam 55%.

 

No que diz respeito aos benefícios previdenciários no segmento fechado, as mulheres correspondem a 29% das aposentadorias. Em relação às pensões concedidas, cerca de 183 mil foram destinadas a mulheres, representando 91% do total, proporção que se mantém estável há quase uma década.

 

"o momento é oportuno para ações que permitam compreender os desafios enfrentados pelas mulheres e identificar os pontos que dificultam sua inclusão e a elevação da proteção feminina nos planos de benefícios da previdência complementar".

 

A desigualdade na aposentadoria reflete, em grande parte, fatores como remuneração inferior, afastamentos por maternidade e maior responsabilidade com o cuidado familiar. Como resultado, muitas mulheres recebem valores mais baixos na aposentadoria, o que pode comprometer sua estabilidade financeira na terceira idade.

 

Para equilibrar esse jogo, a previdência complementar surge como um instrumento relevante para aumentar a segurança financeira das mulheres no futuro, proporcionando maior autonomia e qualidade de vida.

 

O rendimento médio das mulheres em Goiás alcançando R$ 2.730 no último trimestre de 2024. Segundo dados do Instituto Mauro Borges (IMB), baseados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE.

 

Detalhe: é o melhor valor registrado desde 2012, ano em que o levantamento começou a ser realizado. Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve um crescimento de 4,3% no rendimento real médio.

 

As profissões que melhor remunera o trabalho feminino são: as mulheres integrantes das forças armadas, policiais e bombeiros militares têm a maior média salarial no estado de Goiás: R$ 9,3 mil.

 

Na sequência, aparecem diretoras e gerentes (R$ 7 mil) de empresas privadas, profissionais da ciência e intelectuais (R$ 5,3 mil) e trabalhadoras de nível médio (R$ 3,8 mil).

 

Atualmente, mais de 1,64 milhão de mulheres estão empregadas em Goiás. Isto representa 42,6% da população ocupada no estado, o maior índice da série histórica.

 

Outro dado relevante do levantamento é o crescimento do empreendedorismo entre as mulheres em Goiás. Hoje, mais de 147,7 mil delas possuem CNPJ registrado, sendo que pelo menos 97,6 mil atua como trabalhadoras autônomas.

 

Além disso, estima-se que mais de 50 mil mulheres sejam empregadoras, movimentando a economia ao gerar renda para si e para outras pessoas com a criação de novos postos de trabalho.

 

 

 Este texto não reflete necessariamente a opinião do Jornal Somos.

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