quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Foto: Jeane de Oliveira/FDR
O horário de verão, uma prática que consiste em adiantar os relógios em uma hora, voltou a ser discutido no governo atual. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, mencionou que essa é uma das alternativas consideradas para aliviar a pressão sobre o sistema elétrico. No entanto, ele enfatizou que não se trata da única opção a ser avaliada, porém não destacou outras.
Em 2022, um estudo realizado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apontou que a medida não traria benefícios para a operação do sistema elétrico nacional. O mecanismo de antecipação em uma hora foi extinto em 2019, durante a gestão de Jair Bolsonaro.
Ainda segundo o estudo, as mudanças de hábitos e o avanço da tecnologia, como o aumento no uso de eletrodomésticos, reduziram a relevância da economia de energia. Em resumo, adiantar os relógios não resolveria a problemática da redução do consumo de energia, tornando desnecessária a volta do horário de verão. Afinal, podemos até não acender as luzes de casa, mas com calor extremo, ligamos os ar-condicionados e ventiladores dia e noite.
Apesar disso, a atual gestão de Lula realizou uma pesquisa através do Reclame Aqui, que indicou que 54,9% dos entrevistados são a favor da mudança nos relógios em 2024.
A pergunta que fica é: se já existem estudos que comprovam a ineficácia do horário de verão, por que não focar em novas soluções e abordagens para reduzir o consumo de energia?
E mais, o governo poderia incentivar o uso de energia solar, reduzindo impostos e adotando outras medidas que sejam eficazes a longo prazo. Mas, pelo visto, o objetivo é retroceder.
Esse texto não reflete necessariamente a opinião do Jornal Somos.