quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Foto: Divulgação
Os programas eleitorais veiculados no rádio e na TV são uma ferramenta importante para o eleitorado conhecer melhor os candidatos, suas propostas e visões de futuro. Em Rio Verde, Goiás, essa mídia que está sendo veiculada desde o dia 30 de agosto desempenha um papel crucial, especialmente em uma região em que a comunicação tradicional ainda alcança um número significativo de cidadãos. No entanto, é preciso questionar a real qualidade desses conteúdos e o quanto eles, de fato, contribuem para a formação de uma opinião pública mais crítica e bem informada.
Em primeiro lugar, um aspecto que chama a atenção é a superficialidade das propostas apresentadas. Muitas vezes, o eleitor se depara com promessas genéricas, como "melhorar a saúde" ou "aumentar a segurança", sem a devida explicação de como essas metas serão alcançadas. Faltam detalhes sobre estratégias, orçamentos e prazos. Isso resulta em um conteúdo que mais parece propaganda emocional do que um debate sério e aprofundado sobre questões relevantes para o município.
A qualidade da produção também merece destaque. Com exceção de alguns candidatos, que investem em uma apresentação mais profissional, a maioria dos programas peca pela falta de criatividade e pelo excesso de formalidade. A linguagem muitas vezes não conversa com a população de maneira clara e acessível, o que dificulta a compreensão das propostas, sobretudo em áreas mais periféricas ou rurais.
Para melhorar a qualidade dos programas eleitorais em Rio Verde, seria interessante que houvesse maior regulamentação quanto ao conteúdo programático, incentivando propostas concretas e detalhadas. Além disso, promover debates mais aprofundados, com foco em soluções específicas para os problemas do município, pode ajudar a tornar o processo eleitoral mais construtivo e útil para o eleitor.
É fundamental que os programas eleitorais cumpram o papel de educar e esclarecer o público, oferecendo informações relevantes para que o eleitor possa tomar uma decisão consciente nas urnas. Em uma cidade como Rio Verde, que enfrenta desafios significativos nas áreas de infraestrutura e desenvolvimento social, a responsabilidade dos candidatos vai além das promessas vazias. Cabe ao eleitor exigir mais e aos políticos entregar conteúdo à altura das necessidades da população.
Este texto não reflete necessariamente a opinião do Jornal Somos.