Se há algo que anima o brasileiro tanto quanto a chegada do verão é a perspectiva de um calendário recheado de folgas. Em 2026, os trabalhadores terão motivos de sobra para comemorar: serão 10 feriados nacionais, dos quais nove cairão em dias úteis. Mais do que isso, sete deles estarão estrategicamente posicionados em segundas ou sextas-feiras, garantindo feriados prolongados sem necessidade de grandes manobras.

Entre os destaques, o Dia do Trabalhador (1º de maio) cairá numa sexta-feira, perfeito para quem gosta de esticar o descanso até o domingo. Já a Independência do Brasil (7 de setembro) será numa segunda-feira, outro convite para viagens rápidas ou encontros familiares. O calendário ainda reserva oportunidades de emenda: o Ano Novo (1º de janeiro) será numa quinta-feira, e o Tiradentes (21 de abril) numa terça-feira — bastando um dia de folga extra para transformar a semana em mini-férias.

Esse cenário de feriados prolongados traz reflexos diretos na economia. O setor de turismo e lazer deve se beneficiar com o aumento da procura por viagens curtas, hotéis e restaurantes. Por outro lado, setores industriais e de serviços podem enfrentar desafios na produtividade, especialmente em semanas “picadas” por emendas.

A prática de “emendar” feriados é quase uma tradição nacional. Em 2026, ela será especialmente tentadora: com tantos feriados em dias estratégicos, basta um planejamento mínimo para transformar o calendário em uma sequência de pausas revigorantes. Para alguns, isso é sinônimo de qualidade de vida; para outros, um entrave à competitividade.

O fato é que 2026 será lembrado como um dos anos mais generosos em termos de folgas. Cabe ao trabalhador decidir se aproveita para descansar, viajar ou simplesmente recarregar as energias. E cabe às empresas encontrar o equilíbrio entre produtividade e bem-estar. Afinal, no Brasil, feriado é quase patrimônio cultural — e em 2026, teremos muitos motivos para celebrar.