sexta-feira, 07 de novembro de 2025
Foto: Freepik
Em época de Cop-30 que tal refletirmos um pouco sobre o clima mundial?
Se os termômetros não mentem, o planeta está gritando. Segundo o mais recente relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM), o ano de 2025 está a caminho de se tornar o segundo ou terceiro mais quente desde o início dos registros, há 176 anos.
A temperatura média global entre janeiro e agosto já ultrapassou 1,42 °C em relação à era pré-industrial, consolidando uma tendência alarmante: os últimos onze anos foram, individualmente, os mais quentes da história.
Esse cenário não é apenas estatístico — é um alerta existencial. O calor extremo intensifica secas, enchentes, incêndios florestais e eventos climáticos extremos que afetam diretamente a saúde, a segurança alimentar e a economia global. A meta de limitar o aquecimento a 1,5 °C, estabelecida pelo Acordo de Paris, parece cada vez mais distante, a menos que medidas drásticas sejam tomadas imediatamente.
O que podemos — e devemos — fazer?
A ciência é clara: ainda é possível conter os efeitos mais devastadores da crise climática. Mas isso exige ação coordenada e urgente em múltiplas frentes:
O relatório da OMM não é uma sentença, mas um chamado. A COP30, que acontecendo em Belém, será palco de decisões cruciais. O Brasil, como potência ambiental e sede do evento, tem a oportunidade de liderar pelo exemplo. Que 2025 não entre para a história apenas como um recorde de calor, mas como o ano em que decidimos mudar o rumo. É uma pena que os dois maiores poluidores do mundo, China e EUA preferiram não participar das discussões que pretende encontrar uma solução para resolver o problema, vindo a Cop-30.
Este texto não reflete necessariamente a opinião do Jornal Somos.