sexta-feira, 26 de julho de 2024

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Agrodefesa realiza ações para manter Goiás livre da peste suína clássica

POR Marcos Paulo dos Santos | 25/07/2024
Agrodefesa realiza ações para manter Goiás livre da peste suína clássica

Foto: Agrodefesa

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De julho de 2023 a junho de 2024, a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) realizou uma série de ações de vigilância, inspeção e investigação dentro do 3º Ciclo do Plano Integrado de Vigilância de Suínos (PIVDS). Esse esforço resultou na confirmação de que Goiás permanece uma zona livre de Peste Suína Clássica (PSC). As atividades abrangeram mais de 100 municípios goianos e 12 unidades regionais da Agência, sem identificação de suínos com sinais de doenças de notificação obrigatória.

 

 

Desenvolvido pelo Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério de Agricultura e Pecuária (Mapa), o PIVDS busca fortalecer a capacidade de detecção precoce de casos de PSC, Peste Suína Africana (PSA) e Síndrome Reprodutiva e Respiratória dos Suínos (PRRS), além de demonstrar a ausência dessas doenças em suínos domésticos.

 

 

 “O Estado já faz parte da zona livre de peste suína clássica, mas todo ano, desde 2021, é necessário reconfirmar, ou seja, mostrar que permanecemos livres da doença. Isso ocorre por meio de um trabalho conjunto de vigilância, promovido pela Agrodefesa, que integra também o Programa Estadual de Sanidade Suídea e mostra o compromisso do Governo de Goiás com a defesa agropecuária”, afirmou o presidente da Agrodefesa José Ricardo Caixeta Ramos.

 

 

O estado de Goiás é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) como zona livre da doença sanitária.

 

 

Além disso, José Ricardo ressaltou que o maior benefício desse resultado é assegurar a exportação de produtos goianos para diversos mercados. “Hoje, a suinocultura representa um papel importante para a economia em Goiás e essa atuação sanitária, especialmente dos nossos profissionais, garante a qualidade do produto goiano”, destacou.

 

 

A avaliação do PIVDS prioriza regiões de maior relevância para a produção e exportação de suínos e seus produtos no Brasil, como é o caso do estado de Goiás, que ocupa a oitava posição no ranking de abate de suínos e a sétima em exportação de carne suína, segundo o boletim Agro em Dados da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) de julho.

 

 

A fiscal estadual agropecuário da Gerência de Sanidade Animal da Agrodefesa, Denise Toledo, explicou que durante o ciclo de vigilância, que dura um ano, são verificados cinco componentes: vigilância sorológica baseada em risco, inspeção em estabelecimentos de criação, inspeção em abatedouros, vigilância em suínos asselvajados e investigação de casos suspeitos. “As vigilâncias são realizadas conforme amostragem enviada pelo DSA/Mapa, englobando granjas de suínos e propriedades não tecnificadas que tenham critérios de risco, como contato de suínos domésticos com suínos asselvajados, fornecimento de restos de alimentos para os suínos, propriedades próximas a lixões, entre outros.”

 

 

 

De acordo com o Mapa, a PSC é uma doença que afeta suínos domésticos e asselvajados. A notificação imediata ao serviço veterinário oficial é obrigatória para qualquer caso suspeito – em Goiás, a notificação deve ser feita à Agrodefesa. O vírus é encontrado nas secreções e excreções dos animais infectados e pode ser transmitido de forma direta (contato entre animais, aerossóis, secreções, excreções, sangue e sêmen) ou indireta (água, alimentos, fômites, trânsito de pessoas, equipamentos, materiais, veículos, vestuário, produtos, alimentos de origem animal), entrando no organismo por via oral e oro-nasal. Atualmente, cerca de 83% do rebanho suíno brasileiro estão em zona livre de PSC.

 

 

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