quarta-feira, 29 de outubro de 2025

YouTuber é condenado a pagar quase R$ 50 mil por "pegadinhas" constrangedoras em público em PE

POR Marcos Paulo dos Santos | 28/10/2025
YouTuber é condenado a pagar quase R$ 50 mil por
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A Justiça de Pernambuco condenou o influenciador digital Rafael Francisco Cavalcanti da Silva, conhecido como Rafael Chocolate, a pagar quase R$ 50 mil em indenizações por danos morais a duas pessoas que se consideraram vítimas de vídeos de “pegadinhas” gravados no centro do Recife.

 

Com mais de 5,3 milhões de inscritos no YouTube, Rafael é conhecido por produzir esse tipo de conteúdo há cerca de oito anos. Os dois processos envolvem gravações em que ele surpreende pedestres com situações consideradas constrangedoras.

 

No primeiro caso, ocorrido em 2019, o youtuber cobriu pessoas com um balde durante uma gravação na Avenida Conde da Boa Vista. Uma das vítimas, à época com 25 anos, afirmou ter desenvolvido ansiedade, síndrome do pânico e esquizofrenia após a divulgação do vídeo, mesmo com o rosto borrado, alegando ter sido reconhecido por conhecidos.

 

A 7ª Vara Cível da Capital condenou Rafael a pagar R$ 30 mil por danos morais. A decisão transitou em julgado e não cabe mais recurso. A Justiça também havia determinado a remoção do vídeo, sob pena de multa diária. Segundo a defesa do influenciador, o trecho foi retirado do ar em 2021, assim que ele soube da ação.

 

O segundo processo foi movido pelo comerciante senegalês Modou Lo, que apareceu em outra “pegadinha” enquanto trabalhava no centro da cidade. O vídeo, com quase 8 milhões de visualizações, teria causado humilhação e prejuízos ao comerciante, que chegou a fechar o ponto de trabalho por vergonha.

 

A defesa de Rafael Chocolate afirmou que o conteúdo foi retirado do ar e que ele costuma pedir autorização aos participantes, embora alguns tenham se arrependido depois. A Justiça, porém, entendeu que o “borrão” aplicado no rosto não impediu a identificação das vítimas, e determinou o pagamento de R$ 20 mil de indenização.

 

Esse segundo caso ainda está em tramitação, pois a defesa recorreu da decisão.

 

 

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