quarta-feira, 03 de julho de 2024

Votação paralela em cédulas de papel no dia da eleição é proposta pelas Forças Armadas

POR Ana Carolina Morais | 15/07/2022
Votação paralela em cédulas de papel no dia da eleição é proposta pelas Forças Armadas

Roberto Jayme/Ascom/TSE

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Uma proposta de votação paralela em cédulas de papel no dia da eleição foi apresentada ao Senado Federal, nesta quinta-feira (14), pelas Forças Armadas, por meio de recomendação efetuada pelo ministro da Defesa, general Paulo Sério Nogueira, que alegou que é preciso aumentar a transparência do processo eleitoral.

 

 

A proposta é de que a votação em papel seja um “teste de integridade” das urnas eletrônicas. Sendo assim, nas seções que fossem escolhidas, a ideia é que tenha tanto o voto em cédula quando uma segunda urna eletrônica. Para a pasta da Defesa, essa medida se tornaria uma fase a mais no processo de fiscalização das eleições.

 

 

O Ministério da Defesa, por meio de nota enviada ao portal de notícias UOL, afirmou que a proposta se refere ao Teste de Integridade da Urna Eletrônica que já é utilizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

 

 

“Segundo o TSE, o Teste de Integridade é utilizado pela Justiça Eleitoral desde 2002, com o objetivo de testar a segurança na captação e contagem do voto pela urna eletrônica. Consiste na realização de uma votação equivalente à votação oficial com o propósito de comprovar que o voto recebido/digitado é exatamente aquele que será contabilizado. Pelo modelo, no dia do pleito, urnas sorteadas recebem os votos das cédulas impressas preenchidas por representantes dos partidos políticos e das coligações em quantidade equivalente entre 75% e 82% do número de eleitores registrados na respectiva seção eleitoral. As cédulas de votação são depositadas em urnas de lona lacradas e conferidas com o Boletim de Urna”, informou a nota.

 

 

A proposta da votação paralela ocorreu durante audiência no Senado. Nesta mesma audiência, o chefe da equipe das Forças Armadas no grupo de Fiscalização do Processo Eleitoral, coronel do Exército Marcelo Nogueira de Sousa, informou que os militares estudaram os mecanismos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e encontraram diversas possíveis ameaças, que possuem o risco de não serem neutralizadas.

 

 

Apesar das hipóteses levantadas pela Defesa, o Tribunal de Contas da União (TCU) concluiu, na última quarta-feira (13), que o sistema eletrônico de votação é seguro e não possui riscos para o pleito em outubro. A afirmativa consta em um relatório de auditoria apresentado pelo órgão. Segundo os auditores, o TSE possui cronograma para aprovar projetos de defesa cibernética e planos de contingência em caso de incidentes.

 

 

(Com informações do UOL e da Agência Brasil)

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