quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Brasil

Vazamento de mensagens de Moro pode mudar estruturas do governo Bolsonaro

POR Jornal Somos | 13/06/2019
Vazamento de mensagens de Moro pode mudar estruturas do governo Bolsonaro

Redação Jornal Somos

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Em evento no Palácio do Planalto nesta quinta feira (13), o Presidente Jair Bolsonaro comentou a troca de mensagens entre o ministro da justiça e da Segurança Pública Sérgio Moro e o procurador da operação Lava-Jato, Deltan Dallagnol.

 

Bolsonaro disse que o que Moro fez enquanto liderava a operação não tem preço, pois ele “botou pra fora a promiscuidade do governo quanto a corrupção”. O presidente também disse que Moro faz parte da história do Brasil, e que as provas contra o ex-presidente Lula, investigado na Lava-Jato e hoje preso, não foram forjadas.

 

Bolsonaro também questionou a veracidade das conversas vazadas e publicadas pelo site The Intercept Brasil, complementando que se suas conversas particulares fossem vazadas ele também seria criticado. O conteúdo das conversas entre Moro e Deltan sugere parcialidade durante a operação.

 

O vazamento dos diálogos entre Moro e Dallagnol está provocando uma mudança de hábito no alto escalão do governo Bolsonaro. O próprio presidente e outros integrantes do Executivo sempre usaram aplicativos de mensagens, como WhatsApp e Telegram, para se comunicar e tratar até temas considerados confidenciais, mas devem agora migrar as conversas para telefones criptografados fornecidos pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

 

A Abin desenvolveu mecanismos de proteção e criptografia que protegem as comunicações do presidente e de ministros de Estado. De acordo com um auxiliar do Planalto, o caso envolvendo o ministro Moro acendeu o alerta de como o governo e seus integrantes estão expostos e a orientação agora é redobrar as medidas de segurança.

 

Esses dispositivos fornecidos pela Abin não permitem a instalação de WhatsApp, Telegram e redes sociais. Como o presidente e ministros utilizam o WhatsApp para manter conversas, eles acabam usando seus telefones pessoais, com segurança mais frágil. A justificativa é que, ao chegar ao governo, eles viviam "um período de adaptação" e, portanto, resistiam aos aparelhos criptografados.

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