quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Foi confirmado, pela coordenadora dos centros de pesquisa da vacina Oxford/Astrazeneca no Brasil e diretora do Instituto para a Saúde Global da Universidade de Siena (Itália), a médica carioca Sue Ann Costa Clemens, que o imunizante de Oxford, produzido no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), é eficaz contra a variante brasileira de Covid-19.
A afirmativa da médica pôde ser feita após a vacina demonstrar eficácia em neutralizar a variante P.1 do novo coronavírus, identificada no mês de janeiro, em Manaus. Apesar deste resultado positivo, a pesquisa que baseou a declaração, realizada por pesquisadores da Fiocruz Amazônia e do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), ainda não foi revisada por outros cientistas e nem publicada em revista.
Inicialmente, os pesquisadores esperavam que a variante brasileira iria se comportar tal qual a sul-africana, mas “testes indicaram que ela tem comportamento semelhante à britânica, em que há, sim, impacto da neutralização [do novo coronavírus]”. A Universidade de Oxford já havia afirmado, no mês passado, que seu imunizante é eficaz contra a variante do Reino Unido.
No caso da variante, a eficácia da vacina fica acima dos 70% nos casos leves, chegando a 100% em casos graves e hospitalização. Apesar dessa pequena perda de neutralização na comparação com cepas comuns, o efeito da vacina não foi comprometido em relação à P.1, comportamento semelhante ao que foi observado com a cepa britânica (B.1.1.17).
“As cepas brasileira e britânica se comportam de maneira muito semelhante. No caso da variante britânica, a eficácia caiu pouco, de 80% para 75%. Temos que esperar os estudos de efetividade aqui, mas acreditamos que vá ser um índice parecido para a P.1. É um resultado muito positivo”, ressaltou Sue Ann.
(Com informações da Agência Brasil)
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