quinta-feira, 15 de maio de 2025

Brasil

“Bola de fogo” no céu do DF era lixo espacial de foguete lançado em 2014

POR Ana Carla Oliveira | 15/05/2025
“Bola de fogo” no céu do DF era lixo espacial de foguete lançado em 2014

Foto: Criada por IA

M

Moradores do Distrito Federal foram surpreendidos, no início da noite desta quarta-feira (14/5), por um fenômeno luminoso que cortou o céu e chamou a atenção de quem estava ao ar livre. Muitos registraram em vídeo o que descreveram como uma “bola de fogo” e, nas redes sociais, surgiram especulações de que poderia se tratar de um meteoro ou até de um cometa. No entanto, especialistas confirmaram que o espetáculo celeste teve outra origem: lixo espacial.

 

A explicação veio da Bramon (Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros), que analisou cuidadosamente as imagens divulgadas. De acordo com a entidade, o objeto incandescente visto por volta das 18h20 era, na verdade, um estágio do foguete Falcon 9, da empresa SpaceX, lançado no dia 5 de agosto de 2014.

 

Parte de missão espacial antiga

 

O Falcon 9, segundo informou a Bramon, foi responsável por colocar em órbita o satélite de comunicações AsiaSat 8, destinado a serviços de transmissão na Ásia e no Pacífico. Após cumprir sua missão, o segundo estágio do foguete permaneceu em órbita como lixo espacial. Com o passar do tempo, sua trajetória foi decaindo, até que reentrou na atmosfera da Terra nesta semana.

 

A peça identificada pelos especialistas corresponde ao objeto catalogado como Norad 40108. A reentrada atmosférica fez com que o estágio do foguete pegasse fogo devido ao atrito com o ar, criando um rastro brilhante visível a olho nu — que muitos confundiram com um meteoro, também conhecido como “estrela cadente”.

 

Fenômeno impressiona internautas

 

Nas redes sociais, moradores de Brasília e região relataram surpresa e encantamento com o que viram no céu. “Acabei de ver um cometa aqui no céu de Brasília. Ou eu diria que foi uma estrela cadente”, escreveu um internauta na plataforma X (antigo Twitter), refletindo a dúvida comum entre os que testemunharam o fenômeno.

 

Esse tipo de evento, apesar de raro, não é inédito. A reentrada de lixo espacial é monitorada por agências internacionais e, na maioria das vezes, não representa risco à população. A Bramon destacou a importância do registro desses momentos por cidadãos, que ajudam na identificação e estudo de objetos em órbita.

 

*Com informações Metróploes

Jornal Somos

Jornal Somos

Jornal online com a missão de produzir jornalismo sério, com credibilidade e informação atualizada, da cidade de Rio Verde e região.

COMPARTILHE: