quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Por meio de uma determinação judicial, as contas de 16 apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foram bloqueadas pelo Twitter no início da tarde de hoje, sexta feira (24/07), a pedido do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Os nomes atingidos foram alvos de busca e apreensão em maio, em um desdobramento do inquérito das fake news. Na época, Moraes havia determinado o bloqueio das redes sociais no inquérito aberto pela própria Corte para apuração de disseminação de informações falsas e ameaças contra ministros.
Desta vez, a empresa que gerencia a rede social cumpriu a determinação do ministro responsável pelo inquérito que corre na Corte sobre o tema. Em nota, a rede social afirmou que “o Twitter agiu estritamente em cumprimento a uma ordem legal proveniente de inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF)”.
Entre os alvos da decisão estão o ex-deputado Roberto Jefferson, os blogueiros Allan dos Santos, Bernardo Küster e Sara Winter e os empresários Luciano Hang, dono da rede varejista Havan, Edgard Corona, dono da rede de academias Smart Fit, e Otávio Fakhoury, financiador do site Crítica Nacional e um dos fundadores do grupo Aliança pelo Brasil. Nos perfis do blogueiro Allan dos Santos e da ativista Sara Winter, aparecem mensagens informando que as contas foram bloqueadas por motivos legais, por decisão da Justiça do Brasil.
No último domingo (19/7), uma nova reportagem do jornal Correio Braziliense apontou que os perfis dos investigados continuavam ativos, mesmo após decisão de Moraes, que tem como objetivo parar a suposta prática criminosa de ataques contra as instituições. Na ocasião, Facebook e Instagram não quiseram cometar o assunto. O Twitter, no entanto, informou que "por padrão, cumpre com decisões no âmbito de processos judiciais, investigações policiais e procedimentos administrativos quando estão presentes os requisitos legais aplicáveis. Essa postura decorre do compromisso com as leis e o respeito às ordens e requisições que nos são destinadas."
Segundo a reportagem, as investigações da Polícia Federal apontaram que personalidades com perfis que tem grande poder de engajamento estão por trás da organização do esquema de fake news. Entre os investigados no inquérito está o blogueiro Allan dos Santos, que tem mais de 360 mil seguidores no Twitter, a ativista Sara Giromini, com 262 mil seguidores nas mesma rede. Além do empresário Luciano Hang, com 371 mil seguidores, que também mantém atividades em todas as redes sociais. Deputados federais do PSL, como Bia Kicis, Carla Zambelli, Daniel Silveira e Felipe Barros, prestaram depoimento e também são alvos das diligências.
Na decisão, Moraes destaca que a suspensão das atividades nas contas das redes sociais dos investigados é necessário para impedir a continuidade dos delitos. “O bloqueio de contas em redes sociais, tais como Facebook, Twitter e Instagram, dos investigados apontados no item anterior “1”, necessário para a interrupção dos discursos com conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional e democrática”, destacou Moraes na decisão.
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