quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Reuters/Matthias Rietschel/Direitos Reservados
Há três anos, no dia 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a emergência causada pelo coronavírus atingiu o patamar de uma pandemia.
Duas semanas antes àquela data, o número de caso de Covid-19 fora da China havia aumentando 13 vezes e o número de países afetados havia triplicado. Quando foi declarada a pandemia, o mundo já contabilizava 118 mil casos e 4.291mortes em pelo menos 114 países.
“A OMS tem avaliado esse surto o tempo todo e estamos profundamente preocupados com os níveis alarmantes de disseminação e gravidade e com os níveis alarmantes de inação. Portanto, avaliamos que a Covid-19 pode ser caracterizada como uma pandemia”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, em comunicado à imprensa nesta mesma data três anos atrás.
Na época, a OMS foi criticada devido à demora em declarar a emergência global como uma pandemia.
“Pandemia não é uma palavra para usar levianamente ou descuidadamente. É uma palavra que, se mal utilizada, pode causar medo irracional ou aceitação injustificada de que a luta acabou, levando a sofrimento e morte desnecessários. Descrever a situação como uma pandemia não altera a avaliação da OMS sobre a ameaça representada por esse vírus. Não muda o que a OMS está fazendo e não muda o que os países devem fazer”, afirmou Adhanom.
Desde 2020, o mundo esteve diante de um vírus respiratório novo, capaz de provocar quadros clínicos com impactos que vão além dos danos ao sistema respiratório.
Fronteiras foram fechadas e diferentes níveis de confinamento ou restrição à circulação foram impostos. O significado de termos técnicos passou a ser entendido de maneira mais profunda. A ciência foi desafiada pelo fortalecimento do negacionismo às vacinas e sobre os reais riscos de uma nova doença.
Com o avanço da vacinação no mundo, houve uma queda progressiva no número de casos e de mortes pela doença. Em 2023 a sociedade vive um cenário mais próximo da realidade conhecida como pré-pandemia.
Fim da pandemia?
Ao longo de 2022, o diretor-geral da OMS afirmou sobre os riscos da percepção equivocada de que a pandemia da Covid-19 chegou ao fim.
“A percepção de que a pandemia de Covid-19 acabou é compreensível, mas equivocada. Uma variante nova e ainda mais perigosa pode surgir a qualquer momento, e um grande número de pessoas permanece desprotegido”, disse Tedros Adhanom à imprensa em junho.
O chefe da OMS, três meses depois, mostrou um discurso mais otimista ao citar que, no início de setembro, o número de mortes semanais relatadas por Covid-19 havia sido o menor desde março de 2020.
“Nunca estivemos em melhor posição para acabar com a pandemia. Ainda não chegamos lá, mas o fim está à vista. Um maratonista não para quando a linha de chegada aparece. Ela corre mais forte, com toda a energia que lhe resta. Nós também devemos. Podemos ver a linha de chegada. Estamos em uma posição vencedora. Mas agora é o pior momento para parar de correr”, destacou.
Casos
Com o avanço na vacinação contra a Covid-19 no Brasil o número de casos e de óbitos pela doença.
Em todo o mundo, quase 4,5 milhões de novos casos e 32 mil mortes foram relatados no último período de 28 dias contabilizado pela OMS, de 6 de fevereiro a 5 de março. Os dados representam uma queda de 58% e 65%, respectivamente, em comparação com os 28 dias anteriores. Até o dia 5 de março, mais de 759 milhões de casos foram confirmados e mais de 6,8 milhões de mortes foram relatadas em todo o mundo.
Os dados mais recentes do Ministério da Saúde no Brasil contabilizam mais de 37 milhões de casos confirmados e 699.310 óbitos pela doença.
Os altos índices de cobertura vacinal no Brasil e no mundo, especialmente em países desenvolvidos, permitiram a flexibilização de restrições e medidas de prevenção.
Houve o fim de bloqueios, como o lockdown, a liberação da obrigatoriedade no uso de máscaras em ambientes fechados e em transportes públicos e a queda da exigência do comprovante de vacinação para a entrada em ambientes de convívio social.
Esquema vacinal
A proteção oferecida pelas vacinas contra a Covid-19 está associada ao esquema vacinal completo. Imunizantes como a Pfizer, AstraZeneca e Coronavac, disponível no Brasil, contam com esquema primário de duas doses, além de aplicações de reforço de acordo com fatores como idade e condição de saúde.
A primeira dose de imunizantes com esquema primário de duas doses confere uma imunidade parcial contra a infecção pelo coronavírus. O Ministério da Saúde estima que cerca de 19 milhões de brasileiros tomaram apenas uma dose contra a Covid-19 e podem estar vulneráveis ao agravamento da doença.
Evidências indicam que pessoas totalmente vacinadas têm menos probabilidade de infecção, incluindo assintomática, de adoecer de forma grave e de transmitir o vírus a outras pessoas.
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