sábado, 06 de julho de 2024

Brasil

Três anos de Covid-19: mundo vive um cenário mais próximo da "pré-pandemia"

POR Thaynara Morais | 11/03/2023
Três anos de Covid-19: mundo vive um cenário mais próximo da

Reuters/Matthias Rietschel/Direitos Reservados

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Há três anos, no dia 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a emergência causada pelo coronavírus atingiu o patamar de uma pandemia.

 

 

Duas semanas antes àquela data, o número de caso de Covid-19 fora da China havia aumentando 13 vezes e o número de países afetados havia triplicado. Quando foi declarada a pandemia, o mundo já contabilizava 118 mil casos e 4.291mortes em pelo menos 114 países.

 

 

“A OMS tem avaliado esse surto o tempo todo e estamos profundamente preocupados com os níveis alarmantes de disseminação e gravidade e com os níveis alarmantes de inação. Portanto, avaliamos que a Covid-19 pode ser caracterizada como uma pandemia”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, em comunicado à imprensa nesta mesma data três anos atrás.

 

 

Na época, a OMS foi criticada devido à demora em declarar a emergência global como uma pandemia.

 

 

“Pandemia não é uma palavra para usar levianamente ou descuidadamente. É uma palavra que, se mal utilizada, pode causar medo irracional ou aceitação injustificada de que a luta acabou, levando a sofrimento e morte desnecessários. Descrever a situação como uma pandemia não altera a avaliação da OMS sobre a ameaça representada por esse vírus. Não muda o que a OMS está fazendo e não muda o que os países devem fazer”, afirmou Adhanom.

 

 

Desde 2020, o mundo esteve diante de um vírus respiratório novo, capaz de provocar quadros clínicos com impactos que vão além dos danos ao sistema respiratório.

 

 

Fronteiras foram fechadas e diferentes níveis de confinamento ou restrição à circulação foram impostos.  O significado de termos técnicos passou a ser entendido de maneira mais profunda. A ciência foi desafiada pelo fortalecimento do negacionismo às vacinas e sobre os reais riscos de uma nova doença.

 

 

Com o avanço da vacinação no mundo, houve uma queda progressiva no número de casos e de mortes pela doença. Em 2023 a sociedade vive um cenário mais próximo da realidade conhecida como pré-pandemia.

 

 

Fim da pandemia?

 

Ao longo de 2022, o diretor-geral da OMS afirmou sobre os riscos da percepção equivocada de que a pandemia da Covid-19 chegou ao fim.

 

 

“A percepção de que a pandemia de Covid-19 acabou é compreensível, mas equivocada. Uma variante nova e ainda mais perigosa pode surgir a qualquer momento, e um grande número de pessoas permanece desprotegido”, disse Tedros Adhanom à imprensa em junho.

 

 

O chefe da OMS, três meses depois, mostrou um discurso mais otimista ao citar que, no início de setembro, o número de mortes semanais relatadas por Covid-19 havia sido o menor desde março de 2020.

 

 

“Nunca estivemos em melhor posição para acabar com a pandemia. Ainda não chegamos lá, mas o fim está à vista. Um maratonista não para quando a linha de chegada aparece. Ela corre mais forte, com toda a energia que lhe resta. Nós também devemos. Podemos ver a linha de chegada. Estamos em uma posição vencedora. Mas agora é o pior momento para parar de correr”, destacou.

 

 

 

Casos

 

Com o avanço na vacinação contra a Covid-19 no Brasil o número de casos e de óbitos pela doença.

 

 

Em todo o mundo, quase 4,5 milhões de novos casos e 32 mil mortes foram relatados no último período de 28 dias contabilizado pela OMS, de 6 de fevereiro a 5 de março. Os dados representam uma queda de 58% e 65%, respectivamente, em comparação com os 28 dias anteriores. Até o dia 5 de março, mais de 759 milhões de casos foram confirmados e mais de 6,8 milhões de mortes foram relatadas em todo o mundo.

 

 

Os dados mais recentes do Ministério da Saúde no Brasil contabilizam mais de 37 milhões de casos confirmados e 699.310 óbitos pela doença.

 

 

Os altos índices de cobertura vacinal no Brasil e no mundo, especialmente em países desenvolvidos, permitiram a flexibilização de restrições e medidas de prevenção.

 

 

Houve o fim de bloqueios, como o lockdown, a liberação da obrigatoriedade no uso de máscaras em ambientes fechados e em transportes públicos e a queda da exigência do comprovante de vacinação para a entrada em ambientes de convívio social.

 

 

 

Esquema vacinal

 

A proteção oferecida pelas vacinas contra a Covid-19 está associada ao esquema vacinal completo. Imunizantes como a Pfizer, AstraZeneca e Coronavac, disponível no Brasil, contam com esquema primário de duas doses, além de aplicações de reforço de acordo com fatores como idade e condição de saúde.

 

 

A primeira dose de imunizantes com esquema primário de duas doses confere uma imunidade parcial contra a infecção pelo coronavírus. O Ministério da Saúde estima que cerca de 19 milhões de brasileiros tomaram apenas uma dose contra a Covid-19 e podem estar vulneráveis ao agravamento da doença.

 

 

Evidências indicam que pessoas totalmente vacinadas têm menos probabilidade de infecção, incluindo assintomática, de adoecer de forma grave e de transmitir o vírus a outras pessoas.

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