sábado, 23 de novembro de 2024
Diego Vara/Reuters
Os temporais que atingem o Rio Grande do Sul desde a última segunda-feira (29) resultaram em uma tragédia de grandes proporções, com um total de 24 mortes confirmadas pela Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Brigada Militar. Além disso, 21 pessoas permanecem desaparecidas, deixando a região em estado de alerta máximo.
Até o momento, 147 cidades do estado reportaram transtornos significativos, incluindo inundações, quedas de barreiras e deslizamentos de terra, com as regiões Central, dos Vales, Serra e a área Metropolitana de Porto Alegre sendo as mais afetadas. O desastre impactou diretamente 67,8 mil pessoas, das quais 14,5 mil estão desabrigadas ou desalojadas. Destas, 4.599 encontram-se em abrigos provisórios, enquanto outras 9.993 foram acolhidas por familiares ou amigos.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou o estado nesta quinta-feira, onde se reuniu com autoridades locais, incluindo o governador e o prefeito de Santa Maria. Apesar dos planos iniciais, o sobrevoo às áreas afetadas foi cancelado devido às adversas condições climáticas.
O governador Eduardo Leite descreveu a situação como o "maior desastre do estado", comparando a severidade dos temporais com as tragédias ocorridas em 2023, que também resultaram em inúmeras vítimas fatais. Ele destacou as dificuldades enfrentadas nas operações de resgate, exacerbadas pela continuidade das chuvas e pela dispersão geográfica dos incidentes. "Nós não teremos capacidade de fazer todos os resgates," admitiu Leite.
Em resposta à crise, o governo do Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade pública, uma medida oficializada em uma edição extra do Diário Oficial do Estado na quarta-feira. Esta declaração permite uma mobilização mais ágil de recursos e esforços para atendimento às vítimas e restauração das áreas afetadas.
As autoridades continuam os esforços para resgatar os desaparecidos e prestar assistência aos afetados, enquanto o estado se prepara para mais desafios à medida que o mau tempo persiste. A situação exige uma resposta coordenada e urgente para evitar mais perdas e danos nesta já devastada região.
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De acordo com a presidente da equipe, Kenia Leite, o objetivo é figurar entre as 5 melhores equipes da competição.