quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Na manhã desta terça-feira (2) foi deflagrada, pela Polícia Federal, a operação Quinta Coluna, que investiga uma associação criminosa que teria utilizado aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) para traficar drogas à Espanha, apurando, ainda, um esquema de lavagem de dinheiro.
Estão sendo cumpridos, no total, 15 mandados de busca e apreensão e 2 mandados que restringem a comunicação dos investigados. Outra medida efetuada por determinação judicial foi que todos os alvos foram impedidos de deixarem o Distrito Federal.
Durante a operação foram apreendidas drogas na casa de um dos suspeitos. Além disso, a Justiça Federal de Brasília determinou que fossem sequestrados os veículos e imóveis dos suspeitos de integrarem o esquema criminoso. As penas para os crimes de associação para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro variam de 3 a 10 anos de prisão.
A FAB se manifestou sobre a operação, por meio de nota (leia na íntegra ao final da matéria), afirmando que “atua firmemente para coibir irregularidades”, e que está atuando, junto à Polícia Federal, no cumprimento das diligências da investigação.
De acordo com a PF, as investigações apontam, até o momento, que além do caso ocorrido em junho de 2019, onde o sargento brasileiro Manoel Silva Rodrigues foi flagrado com 37 kg de cocaína em um avião da comitiva presidencial, outras pessoas, agora suspeitas, se associaram ao militar, “de forma estável e permanente, para a prática do crime de tráfico ilícito de drogas”.
O portal de notícias G1 tentou contato com a defesa de Manoel Silva Rodrigues, que está detido na Espanha, para saber se ele é um dos alvos dessa operação de terça-feira, mas ainda não obteve resposta.
Quanto à lavagem de dinheiro, as investigações demonstram que houveram “diversas estratégias do grupo criminoso” para esconder os bens adquiridos por meio do tráfico de drogas, “especialmente a aquisição de veículos e imóveis com pagamentos de altos valores em espécie”, assegura a Polícia Federal.
Nota completa da FAB sobre a investigação:
“O Inquérito Policial Militar (IPM) instaurado no âmbito do Comando da Aeronáutica para apurar o caso do sargento detido no aeroporto de Sevilha, Espanha, em 25 de junho de 2019, foi concluído dentro do prazo.
Os autos foram encaminhados para a Auditoria Militar competente, que enviou para o Ministério Público Militar, a quem coube oferecer a denúncia, estando a ação penal em curso, conforme determina o Código Processo Penal Militar.
A Força Aérea Brasileira e a Polícia Federal atuaram conjuntamente desde o início das investigações e, na data de hoje, militares apoiaram o cumprimento de diligências necessárias ao prosseguimento da investigação de crimes de competência daquela Força Policial.
A FAB atua firmemente para coibir irregularidades e reitera que repudia condutas que não representam os valores, a dedicação e o trabalho do efetivo em prol do cumprimento de sua missão institucional”.
(Com informações do G1)
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