sexta-feira, 29 de março de 2024

Brasil

"Terá que prender muitos jornalistas", diz Glenn Greenwald sobre ameaças recebidas

POR Jornal Somos | 22/06/2019
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Glenn Greenwald é um dos três fundadores do The Intercept. É jornalista, advogado constitucionalista e autor de quatro livros entre os mais vendidos do New York Times na seção de política e direito.

 

Seu livro mais recente, No Place to Hide (Sem Lugar Para Se Esconder), descreve o estado de vigilância implementado pelo governo americano e seus aprendizados durante as reportagens sobre os documentos vazados por Edward Snowden, analista de sistemas e ex-administrador de sistemas da CIA e ex-contratado da NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA).

 

Antes de fundar o Intercept, Glenn escrevia para o jornal britânico The Guardian e para o portal Salon. Foi o primeiro ganhador, ao lado de Amy Goodman, do Prêmio de Jornalismo Independente Park Center I.F. Stone em 2008 e também recebeu o Prêmio Online Journalism de 2010 por sua investigação sobre as condições degradantes na detenção de Chelsea Manning.

 

Por conta de suas reportagens sobre a NSA, recebeu o Prêmio George Polk de Reportagens sobre Segurança Nacional; o Prêmio de Jornalismo Investigativo e de Jornalismo Fiscalizador da Gannett Foundation; o Prêmio Esso de Excelência em Reportagens Investigativas no Brasil (foi o primeiro estrangeiro premiado) e o Prêmio de Pioneirismo da Electronic Frontier Foundation.

 

Ao lado de Laura Poitras, a revista Foreign Policy o indicou como um dos 100 principais pensadores globais de 2013. As reportagens sobre a NSA para o jornal The Guardian receberam o Prêmio Pulitzer de 2014 na categoria Serviço Público.

 

Glenn desmascarou o serviço de espionagem da NSA, e por isso foi perseguido nos EUA. Atualmente vivendo no Brasil, o jornalista divulga mensagens secretas do ex-juiz Sérgio Moro durante as investigações da Operação Lava Jato.

 

Desde que revelou as conversas, o editor do The Intercept tem sofrido ataques e ameaças. “Quem quiser prender os que divulgar este material terá que prender muitos jornalistas”, afirmou Greenwald. Ele acredita que a divulgação das mensagens de Moro pode mudar todo o cenário político e jurídico das investigações feitas.

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