sábado, 20 de abril de 2024

Brasil

Teich alerta sobre risco da cloroquina e Bolsonaro volta a defender o medicamento

POR Ana Carolina Morais | 13/05/2020
Teich alerta sobre risco da cloroquina e Bolsonaro volta a defender o medicamento

Jorge William / Agência O Globo

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O presidente Jair Bolsonaro, nesta quarta-feira (13), voltou a defender o uso da cloroquina em pessoas infectadas pelo novo coronavírus, após o ministro da Saúde, Nelson Teich, publicar um alerta na terça-feira (12), em sua conta no Twitter, informando que a cloroquina apresenta efeitos colaterais e, sendo assim, sua prescrição deve ser realizada em comum acordo entre médico e paciente.

 

 

 

“O Ministério da Saúde em 23/03 informou que a cloroquina pode ser prescrita para pacientes hospitalizados. O Conselho Federal de Medicina, em 23/04, entendeu a excepcionalidade em que vivemos e possibilitou o uso em outras situações. Um alerta importante: a cloroquina é um medicamento com efeitos colaterais. Então, qualquer prescrição deve ser feita com base em avaliação médica. O paciente deve entender os riscos e assinar o “Termo de Consentimento” antes de iniciar o uso da cloroquina”, disse Teich.

 

 

 

 

Questionado por jornalistas na saída do Palácio da Alvorada, além de defender o uso do remédio, Bolsonaro afirmou que os ministros de seu governo devem estar “afinados” com ele, uma vez que estes gestores são indicações políticas de sua autoria.

 

 

“Olha só, todos os ministros, eu já sei qual é a pergunta, têm que estar afinados comigo. Todos os ministros são indicações políticas minhas e quando eu converso com os ministros eu quero eficácia na ponta. Nesse caso, não é gostar ou não do ministro Teich, é o que está acontecendo”, afirmou o presidente.

 

 

O remédio, alvo de debates e defendido por Bolsonaro desde o início da pandemia de Covid-19, é comumente utilizado para o tratamento da malária, porém, quanto ao novo vírus, ainda não existem evidências científicas que comprovem sua eficácia.

 

 

Bolsonaro também informou que irá conversar com Teich, ainda nesta quarta, sobre a possibilidade de alterar o protocolo do Ministério da Saúde para prescrever o medicamento não apenas em casos graves, como é aplicado atualmente, mas desde o início do tratamento.

 

 

"Nós estamos tendo centenas de mortes por dia. Se existe uma possibilidade de diminuir esse número com a cloroquina, por que não usar? Alguns falam que pode ser placebo. Pode ser. Você não sabe. Mas pode não ser também. A gente não pode, por exemplo, falar: 'Ah, se tivesse usado a cloroquina lá atrás, teria salvo milhões de pessoas. Só isso", finalizou o presidente.

 

 

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