sexta-feira, 07 de novembro de 2025
Durante participação no Flow Podcast na noite desta quinta-feira (6/11), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), classificou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança como “uma grande encenação”. A medida, enviada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Congresso em abril, tem o objetivo de integrar União, estados e municípios nas ações de segurança pública. O tema voltou ao centro do debate após a operação no Rio de Janeiro que resultou em 121 mortes neste mês.
Tarcísio participou do programa ao lado do secretário licenciado da Segurança Pública, Guilherme Derrite, que retomou o mandato de deputado federal para relatar o projeto de lei (PL) 1.283/2025, que propõe equiparar facções criminosas a organizações terroristas.
A chamada PEC da Segurança prevê a criação de um sistema nacional integrado de segurança pública sob coordenação da União — ponto que tem gerado divergências entre governo e oposição. O relator, deputado Mendonça Filho (União-PE), já manifestou resistência à ideia de um comando centralizado.
Durante o programa, Derrite afirmou que o texto da PEC “repete o que já existe na Constituição” e que o problema está na falta de liderança e execução. “Não precisa de PEC. Tudo que estão querendo fazer via PEC já é possível”, reforçou Tarcísio.
O governador também criticou a condução do tema pelo governo federal. “Cria-se uma PEC como se fosse a grande solução da segurança pública, mas todo mundo sabe que o problema é estrutural e demanda cooperação. É uma tentativa de preencher a falta de agenda”, declarou. Derrite completou: “O governo federal talvez se julgue onipotente e onipresente.”
Tarcísio ainda disse que não pensa em disputar a Presidência em 2026. “Não perco muito tempo pensando nisso. O importante é um bom projeto para o Brasil; o protagonista é o menos relevante”, afirmou.
Questionado sobre a possibilidade de substituir Jair Bolsonaro como principal nome da direita, o governador respondeu que acredita na união do campo conservador. “Engana-se quem pensa que a direita não vai se unir, que não vai ser competitiva.”
Ao final, Tarcísio fez críticas diretas ao presidente Lula. “É preciso romper esse ciclo de desgoverno em que a gente está. Pode até ser que ele ganhe novamente, mas em 2027 haverá um encontro inescapável com as consequências do que estão construindo. A matemática é implacável.”
Com informações de Metrópoles.
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