terça-feira, 16 de abril de 2024

Suspensão da vacinação em grávidas com o imunizante da AstraZeneca é recomendada pela Anvisa

POR Ana Carolina Morais | 11/05/2021
Suspensão da vacinação em grávidas com o imunizante da AstraZeneca é recomendada pela Anvisa

Reprodução / Fetalmed

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A suspensão imediata da vacinação em grávidas com o imunizante da AstraZeneca/Fiocruz foi recomendada, nesta segunda-feira (10), pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), que indica a aplicação somente das vacinas CoronaVac e Pfizer/BioNTech nas gestantes.

 

 

De acordo com a nota emitida pela Anvisa, a orientação é que “seja seguida pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) a indicação da bula da vacina AstraZeneca e que a orientação é resultado do monitoramento de eventos adversos feito de forma constante sobre as vacinas Covid em uso no país”.

 

 

Apesar de recomendar a suspensão, em seu texto explicativo, a Agência não relatou ou usou como exemplo justificativo nenhum evento adverso ocorrido em grávidas no território brasileiro.

 

 

Entre os argumentos, o texto elencou que "o uso de vacinas em situações não previstas na bula só deve ser feito mediante avaliação individual por um profissional de saúde que considere os riscos e benefícios para a paciente". Entretanto, a atual bula do imunizante da AstraZeneca não recomenda que a vacina seja utilizada sem orientação médica.

 

 

A vacinação de grávidas e puérperas de até 45 dias contra o novo coronavírus foi iniciada junto ao grupo das pessoas que possuem comorbidades após o Ministério da Saúde incluí-las no Plano Nacional de Imunização (PNI), sob o argumento de que este é um grupo com maior risco de hospitalização pela doença.

 

 

Um ofício para a pasta da Saúde brasileira já havia sido enviado pela Anvisa, na última semana, para que fosse realizada uma análise revendo a decisão de liberar a imunização contra a Covid-19 das grávidas. O Ministério da Saúde informou que o pedido da Agência está sendo avaliado e o ministro Marcelo Queiroga afirmou que o PNI está avaliando o caso. Apesar do processo avaliativo ainda estar ocorrendo, a vacinação foi liberada mesmo assim.

 

 

Atualmente, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, junto ao Ministério, está investigando o caso de uma gestante que tomou o imunizante Oxford/AstraZeneca e desenvolveu quadro de trombose, sendo analisado o histórico de saúde da paciente para discernir se existe relação entre a vacina e o efeito adverso.

 

 

A formação de coágulos, que gera a trombose, foi incluída na bula da vacina Oxford/AstraZeneca como efeito colateral, mas, apesar disso, foi considerado como um evento adverso muito raro. A AstraZeneca se manifestou, por meio de nota, afirmando que “não tem comentários sobre o tema”, uma vez que “não foram realizados estudos em mulheres grávidas”.

 

 

Goiânia

 

Após a recomendação da Anvisa e o caso de uma grávida, no Rio de Janeiro, que veio à óbito depois de ser imunizada com a AstraZeneca/Oxford, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, capital de Goiás, decidiu por suspender a administração desta vacina nas gestantes, orientando-as à agendarem sua imunização nas unidades de saúde que estão aplicando a vacina Pfizer/BioNTech.

 

 

Na nota, a pasta da Saúde de Goiânia explicou que ainda não recebeu nenhum comunicado oficial da Anvisa, mas que optou por já recomendar a suspensão da vacina nas gestantes, direcionando essa medida às equipes de imunização em trabalho.

 

 

(Com informações do G1, CNN Brasil e Mais Goiás)

 

 

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