O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou um ofício à Procuradoria-Geral da República (PGR) com três notícias-crime contra o presidente Jair Bolsonaro, requerendo medidas como o depoimento do mesmo e a busca e apreensão dos celulares dele e de seu filho, Carlos Bolsonaro, para realizar perícias afim de averiguar as suposições de interferência na Polícia Federal (PF).

Segundo o ministro, as normativas de investigação impedem que sejam ignorados fatos que são imprescindíveis à apuração, mesmo que a pessoa envolvida seja alguém que possua autoridade.

“A indisponibilidade da pretensão investigatória do Estado impede, pois, que os órgãos públicos competentes ignorem aquilo que se aponta na ‘notitia criminis’, motivo pelo qual se torna imprescindível a apuração dos fatos delatados, quaisquer que possam ser as pessoas alegadamente envolvidas, ainda que se trate de alguém investido de autoridade na hierarquia da República, independentemente do Poder (Legislativo, Executivo ou Judiciário) a que tala gente se ache vinculado”, relatou no despacho.

Além disso, noticiários apuraram que Celso de Mello irá se reunir ainda nesta sexta-feira (22) com o chefe da comunicação do STF para decidirem quanto a liberação do vídeo que é apontado como uma grande prova das acusações feitas pelo ex-ministro Sérgio Moro contra Bolsonaro. A expectativa é que até o fim desta tarde seja decidido se o vídeo será divulgado integralmente ou em partes.