sexta-feira, 21 de novembro de 2025
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Bolsonaro. O parlamentar, condenado no processo relacionado à trama golpista, deixou o Brasil e está nos Estados Unidos, conforme apuração da Polícia Federal.
Durante a investigação, Moraes havia ordenado a entrega de todos os passaportes de Ramagem e proibido sua saída do país. Mesmo assim, ele viajou ao exterior.
A Primeira Turma do STF condenou o deputado a 16 anos, um mês e 15 dias de prisão em regime inicialmente fechado. A Corte também determinou a perda de seu mandato parlamentar.
Delegado da Polícia Federal, Ramagem integrou a equipe de segurança de Jair Bolsonaro logo após as eleições de 2018, aproximando-se do então presidente eleito e de sua família. Em julho de 2019, assumiu a direção-geral da Abin, onde permaneceu até abril de 2022. Durante sua gestão, o programa First Mile — hoje investigado pela PF — foi utilizado amplamente, embora ele negue qualquer irregularidade.
Em 2020, Bolsonaro chegou a nomeá-lo diretor-geral da Polícia Federal, mas a indicação foi barrada por Alexandre de Moraes, que apontou “desvio de finalidade” e violação aos princípios constitucionais da impessoalidade e moralidade.
Ramagem deixou a Abin para se candidatar ao cargo de deputado federal em 2022, sendo eleito com mais de 59 mil votos. Com apoio declarado do ex-presidente, ele vinha articulando sua candidatura à prefeitura do Rio de Janeiro em 2024, coordenada pelo vereador Carlos Bolsonaro. O projeto político já contava com o aval do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e do governador do Rio, Cláudio Castro.
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