sexta-feira, 30 de maio de 2025
Foto: Reprodução Carlos Moura/Agência Senado
A Comissão de Esporte do Senado Federal aprovou nesta quarta-feira (28) um projeto que estabelece duras restrições à publicidade das plataformas de apostas, popularmente conhecidas como bets. A proposta, que ainda precisa passar por outras etapas legislativas, visa proteger a população — especialmente os mais jovens — da influência massiva e crescente dessas empresas no cenário esportivo e digital brasileiro.
Entre os pontos mais sensíveis da proposta está a proibição da participação de influenciadores digitais, atletas, artistas e figuras públicas na divulgação de plataformas de apostas, prática hoje comum nas redes sociais, programas de televisão e transmissões esportivas.
O texto aprovado foi o substitutivo apresentado pelo relator senador Carlos Portinho (PL-RJ), que modificou a proposta original do senador Styvenson Valentim (Podemos-RN). A nova versão não veta totalmente a publicidade, mas cria regras rigorosas quanto à forma, horário e canais de divulgação.
Segundo o projeto, a propaganda será restrita a horários específicos, conforme o meio de veiculação:
TV, streaming e redes sociais: entre 19h30 e 00h;
Rádio: entre 9h e 11h, e das 17h às 19h30;
Meios impressos: totalmente proibida.
Em redes sociais, além da restrição de horário, as publicidades deverão ser direcionadas apenas para maiores de 18 anos, e as plataformas terão que oferecer ao usuário a opção de desativar anúncios relacionados a apostas, de forma clara e acessível.
Durante transmissões esportivas ao vivo, a veiculação será permitida apenas 15 minutos antes do início e 15 minutos após o fim da transmissão.
Outros pontos importantes da proposta incluem:
Exibição obrigatória de alertas sobre os riscos das apostas;
Proibição de qualquer conteúdo que ensine ou estimule diretamente ou de forma subliminar a prática de jogos de azar;
Vedação da participação de ex-atletas em campanhas publicitárias de apostas, após emenda do senador Eduardo Girão (Novo-CE)
O projeto segue agora para análise na Comissão de Comunicação e Direito Digital, que ainda não retomou suas atividades neste ano. Apesar disso, a senadora Leila Barros (PDT-DF) defendeu uma articulação política para levar a proposta direto ao plenário, com apoio do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
O relator, Carlos Portinho, justificou as mudanças ao texto original afirmando que o substitutivo busca equilibrar a atividade econômica das casas de apostas com a responsabilidade social, impondo limites claros para a proteção da população, em especial os jovens.
*Com informações CNN Brasil
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