sábado, 23 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Os acusados pela morte de João Alberto Silveira Freitas, cidadão negro que veio à óbito após ser espancado, no dia 19 de novembro, por dois seguranças brancos de uma unidade do supermercado Carrefour, em Porto Alegre, receberam, nesta sexta-feira (11), o indiciamento da Polícia Civil do Rio Grande do Sul. Ao todo, seis pessoas irão responder pelo crime de homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, asfixia e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
Os indiciados são Giovane Gaspar da Silva, segurança; Magno Braz Borges, segurança; Adriana Alves Dutra, funcionária que tentou impedir a gravação; Paulo Francisco da Silva, funcionário da empresa de segurança Vector; Kleiton Silva Santos, funcionário do mercado; e Rafael Rezende, funcionário do mercado.
Conforme informado pela polícia, a partir das provas coletadas foi possível identificar que houve exagero nas agressões à vítima, o que é um resultado da fragilidade socioeconômica da vítima, que foi subjugada pelos indiciados. Além do crime de homicídio, os seis acusados também irão responder por injúria racial.
“A investigação conseguiu verificar e trazer à tona, situações fáticas, jurídicas, como de racismo estrutural, a normalização de ações que passam a fazer parte do cotidiano normal das pessoas. Conjugamos com o que vimos e ouvimos nos depoimentos. Se a vítima fosse outra, se fosse alguém de condição social diferente, a situação poderia ser outra. Atos de discriminação foram feitos de forma desproporcionada. Seis pessoas sobre o domínio deste fato, então todas essas pessoas contribuíram para o desfecho final”, informou a delegada responsável, Roberta Bertoldo.
Desde o dia do homicídio estão presos os seguranças Giovane Gaspar da Silva, de 24 anos, e Magno Borges Braz, de 30 anos, bem como a agente de fiscalização do mercado, Adriana Alves Dutra, 51 anos, que havia acompanhado a ação dos seguranças.
Além dos indiciamentos, o inquérito finalizado e entregue hoje (11) pela polícia concluiu a causa da morte. Segundo a necropsia realizada pelos legistas do Departamento Médico Legal, a vítima João Alberto morreu por asfixia.
(Com informações do G1)
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De acordo com a presidente da equipe, Kenia Leite, o objetivo é figurar entre as 5 melhores equipes da competição.