quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Em sua primeira viagem de caráter bilateral aos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Brasil nunca esteve tão próximo dos EUA quanto em seu atual governo, e que os dois países tem muito a oferecer mutuamente.
Os acordos entre o presidente Donald Trump e Bolsonaro são o aluguel da base de Alcântara, que ainda depende de aprovação do Congresso Nacional, a isenção de vistos para turistas norte americanos, o apoio na luta contra o Governo de Nicolás Maduro, e em troca o Brasil recebe apoio de Trump para integrar a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e para receber o status de aliado preferencial fora da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Entretanto, em troca da entrada do país na OCDE, o presidente Jair Bolsonaro concordou em abrir mão de vantagens para negociar acordos comerciais com países ricos na Organização Mundial do Comércio (OMC), uma exigência do presidente dos EUA. O Brasil recebia “vantagens” por ser classificado como país em desenvolvimento.
Um tema ainda em aberto é a cooperação a Casa Branca em relação à crise na Venezuela. O Brasil declarou que não quer intervenção militar, mas pede que o Exército venezuelano apoie Juan Guaidó na derrubada do Governo de Maduro. Nesta terça, ao lado de Trump, Bolsonaro evitou descartar um apoio à uma ação bélica, opção que é rechaçada pela ala militar do Governo.
O assunto de seu maior interesse na conversa com Bolsonaro, a Venezuela, foi tratada de maneira genérica. Trump reiterou sua atual posição: a de que todas as opções estão sobre a mesa.
As opiniões sobre as negociações estão divididas. Felipe Loureiro, professor do Instituto de Relações Internacionais da USP, lembra que ainda é cedo para celebrar o lado econômico dos acordos, mas destaca que muitas medidas foram positivas.
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