quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
A partir dessa semana passam a ser válidas as mudanças elaboradas pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) sobre o atendimento psicológico online. Esse atendimento virtual já é comum no Brasil há alguns anos, e a nova resolução elaborada pelo CFP tem o propósito de garantir que o serviço passe por fiscalização e obedeça aos padrões éticos.
Com essa mudança os profissionais deverão se cadastrar no site do CFP com seus dados pessoais e profissionais, detalhes do serviço que prestarão, quais plataformas serão usadas, além de precisarem descrever quais cuidados serão tomados para proteger a privacidade do cliente, entre outras informações.
Em alguns casos, o tratamento online não pode ser feito, como em casos de vítimas de violência ou desastres e pacientes em situação de violação de direitos, devido a sua vulnerabilidade. Menores de idade só podem ser atendidos online com a autorização dos responsáveis. Algum tratamento tem o atendimento online apenas para complementar, já que o atendimento presencial é obrigatório.
Para a conselheira Rosane Lorena Granzotto, o atendimento online é uma forma de ajudar pessoas, como quem mora longe de um consultório, quem mora no interior, quem está viajando e quer continuar um tratamento, quem tem dificuldade de locomoção, além de proporcionar um ambiente mais seguro para pacientes que tem dificuldade de se abrir pessoalmente.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que cerca de 300 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de depressão. A necessidade de tratamento psicológico é cada vez maior. Rosane afirma que a nova resolução foi elaborada levando em conta esse aumento e a necessidade da categoria de se adequar a atual realidade.
No Brasil, o atendimento online é uma realidade desde 2012. Porém quando foi instaurado havia um limite de 20 sessões online por ano para cada paciente e o profissional deveria oferecer um site particular para esse serviço, cadastrado no CFP. Com o passar do tempo e o surgimento de novas tecnologias também aumentou o número de profissionais realizando esse tipo de serviço, e isso fez com que a monitoração dos tratamentos oferecidos ficasse mais difícil.
Agora não há mais limites para a quantidade de sessões e nem a obrigatoriedade de um site. O profissional deve avaliar as necessidades do paciente e ver se condiz com o que pode oferecer, pois alguns casos demandam obrigatoriamente o atendimento presencial.
As medidas de segurança são as mesmas do atendimento presencial. Caso haja alguma violação ética e houver denúncia o profissional pode ser localizado e processado, podendo até ter o seu registro cassado.
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