Em junho, a produção de cereais, leguminosos e oleaginosas estimada para 2022 deve totalizar 261,4 milhões de toneladas, o que seria um recorde, 8,2 milhões de toneladas a mais que no ano de 2021.

A área a ser colhida esse ano é de 72,5 milhões de hectares, 4,0 milhões de hectares maior que a área colhida ano passado (2021), segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA). 

Os principais produtos desse grupo são o milho, arroz e a soja que juntos representam 91,7% da estimativa da produção e respondem por 87,5% da estimativa de colheita. Comparado a 2021, a área plantada de milho teve acréscimo de 9,3% (7,5% na primeira safra e 9,9% na segunda). Sendo assim, a produção de milho também deve bater recorde nacional, em 2022. 

O algodão herbáceo também teve aumento de 18%, a soja de 4,4% e o trigo de 1,6%. Porém o arroz teve queda de 2,2%.

Mato Grosso lidera como maior produtor nacional de grãos com uma participação de 30,3%, seguido do Paraná (13,8%), Goiás (10,6%), Rio Grande do Sul (9,4%), Mato Grosso do Sul (8,2%) e Minas Gerais (6,7%), que somados totalizam 79% da produção nacional. As principais altas nas estimativas da produção, em maio, ocorreram no Tocantins (35 950 t), em Rondônia (25 003 t), no Acre (10 561 t), no Ceará (9 529 t), no Rio Grande do Norte (923 t), no Espírito Santo (174 t) e no Maranhão (12 t).

Já as principais quedas na estimativa foram no Paraná (-587 400 t), em Goiás (-420 172 t), em Minas Gerais (-287 217 t), no Mato Grosso do Sul (-266 563 t), no Pará (-34 438 t), na Bahia (-7 283 t) e no Rio de Janeiro (-598 t). 

Os destaques na estimativa de junho de 2022 em relação ao mês de maio, foram o sorgo (51 392 t), da cevada (7 700 t), do tomate (30 870 t), do feijão 1ª safra (5 338 t), do milho 1ª safra (84 178 t), da aveia (1 873 t) e declínios para o feijão 3ª safra (-54 281 t), para o feijão 2ª safra (-58 084 t), para o milho 2ª safra (-932 554 t), para a soja (-650 754 t) e para o trigo (-16 150 t).

Já em relação aos principais cereais de inverno produzidos no Brasil, a cevada teve uma produção estimada de 483,2 mil toneladas, um aumento de 0,2% em relação a maio e 8,3% em relação a 2021. 

Já o feijão, considerando as 3 safras a estimativa de produção foi de 3,1 milhões de toneladas. Nesta avaliação as unidades da Federação com maior produção da safra na estimativa foram Paraná (24,4%), Minas Gerais (15,3%), Goiás (10,4%) e Mato Grosso (8,8%). A estimativa de produção teve aumento de 11,2%. Esse volume de produção deve atender ao consumo do mercado interno.

A estimativa de produção do milho foi de 111,2 milhões de toneladas, um crescimento de 23,4 milhões de toneladas, comparado a 2021. Aguarda-se que haja uma normalidade climática durante a 2ª safra, que é a principal e deve responder por 76,8% da produção nacional. Em 2022 espera-se que a produção nacional de milho bata recorde nacional.

Já a produção de soja deve atingir 118 milhões de toneladas, o que significa uma retração de 12,6% em relação ao ano anterior. Isso devido aos efeitos climáticos e a forte estiagem durante o desenvolvimento da cultura nos estados do centro-sul do País.

O sorgo (em grão), está com uma estimativa de produção, em junho, de 2,9 milhões de toneladas, aumento de 1,8% em relação a maio.

A estimativa da produção brasileira de tomates, em 2022, foi de 3,6 milhões de toneladas, o que significa um aumento de 0,9% em relação a maio. A área plantada apresentou acrescimo de 0,5% e o rendimento médio teve aumento de 0,4%.

(Fontes: IBGE)