quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Ao final da tarde desta segunda-feira (12/9), a ministra Rosa Weber, 73 anos, assume a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF). Será um mandato curto, pois em outubro de 2023 completará 74 anos, atingindo a idade de aposentadoria compulsória, quando será obrigada a deixar a Corte.
Para a cerimônia, Rosa optou pelo seu estilo que normalmente vem acompanhado de discrição, já que será uma cerimônia estritamente institucional, e não haverá coquetel após o evento. E da mesma forma, visto sempre com diplomacia, esperasse que seu comando seja assim. São esperados 1.300 convidados, incluindo o presidente Jair Bolsonaro (PL) e os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Num aceno de diálogo pós-eleição, Rosa estendeu ainda o convite a todos os presidenciáveis.
Entretanto, até o momento, a presença de Jair não está confirmada dentro da cerimônia. Pelo contrário, ele poderá faltar, já que antes havia marcado participação em uma entrevista a podcasts direcionados ao público cristão, em São Paulo, às 19h. Segundo bastidores políticos e assessorado, ministros de seu governo tentam convencer o presidente a ir ao STF. Por ora, Bolsonaro está decidido a manter a entrevista, que será conduzida e transmitida simultaneamente pelos podcasts Dunamis, Hub, Felipe Vilela, Positivamente, Luma Elpidio e Luciano Subirá.
Em seu discurso, Weber deverá falar sobre sua opinião já exposta anteriormente sobre a missão de tirar o Tribunal do foco do debate político vivido atualmente. Entretanto, esperasse também que seja mantido a interlocução com os demais Poderes. Situação que tem sido visto de uma forma geral de forma positiva.
Na quinta-feira passada (8/9), em sua última sessão à frente do Supremo, o ministro Fux disse que "não houve um dia sequer" que o tribunal não tenha sido atacado por suas decisões, mas destacou que Rosa saberá conduzir a Corte com "desassombro e maestria".
A preocupação mais evidente sobre estas prévias, está na possibilidade de abrir demais aos outros Poderes e tirar a independência da própria Justiça do Brasil. Em 2018, quando presidiu o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), durante as eleições, a ministra chegou a ser criticada entre seus pares por adotar uma postura de evitar confrontos, quando deveria se manifestar de forma mais firme em nome do próprio Tribunal.
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