quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Foto: Reprodução/Redes Sociais
O cantor sertanejo Chrystian, que fazia dupla com Ralf, vai passar por um transplante de rim no dia 11 de março, em São Paulo. A equipe do artista explicou que ele tem uma condição genética chamada rim policístico, que comprometeu o desempenho renal dele. O g1 conversou com médicos especialistas no assunto para entender qual a causa da doença, os sintomas e se existe tratamento.
A doença renal policística é hereditária, ou seja, caso um dos pais tenha a doença, ela pode ser transmitida para os filhos quando eles estão em formação. Lúcio Requião, médico presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia e diretor clínico do Hospital do Rim (SP), diz que uma a cada mil pessoas têm essa condição, o que faz com que a doença seja relativamente comum.
“Para cada característica que é definida geneticamente, nós temos um gene herdado da mãe e um gene herdado do pai. Quando a doença é autossômica dominante, basta que um dos dois genes herdados esteja afetado para que a doença se manifeste. Então, em geral, quem tem rim policístico tem um pai ou a mãe com a mesma doença”, explicou o médico.
Apesar de mais comum em homens, o médico presidente da Sociedade Goiana de Nefrologia, Ricardo Araújo Mothé, explica que essa não é uma doença ligada ao cromossoma que define o sexo. Sendo assim, a probabilidade de cada filho de pessoas afetadas nascer com essa doença é de 50%, não importando se é homem ou mulher.
“Não tem uma prevalência maior ou menor de acordo com o gênero. Mas o sexo masculino está associado a um pior prognóstico, geralmente ele evolui para a insuficiência renal mais frequentemente ou mais rapidamente do que as mulheres,” esclarece Mothé.
O urologista Pedro Junqueira, doutor pela Universidade de São Paulo (USP), reforça que a doença também não está atrelada a hábitos ou alimentação, justamente por ser algo genético. “Como é hereditário, o paciente que tem a genética terá uma grande chance de desenvolver os cistos, ou seja, não é uma doença contagiosa ou que tenha relação com algum tipo de alimento ou hábito e, infelizmente, não tem cura”, afirma Junqueira.
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