Beatriz Toledo Segal, atriz brasileira, nascida no Rio de Janeiro em 25 de julho de 1926, faleceu hoje (5) em São Paulo. Com 92 anos, ela tinha uma carreira sólida na TV.

Inspirada às artes cênicas e atuação por um balé que assistiu com 5 ou 6 anos, ela começou a dançar por diversão e começou a fazer partes de peças, sendo a sua primeira "Aliança Francesa". Após outros trabalhos, ela fez um curso prático de teatro e foi indicada para um papel no teatro de bolso, no Rio de Janeiro. Conheceu a grande atriz e diretora Henriette Morineau (1908-1990) que a colocou para participar de seriados e teatros na TV Tupi.

Passou um ano estudando em Paris, após ganhar uma bolsa, e lá conhecei Maurício Segal, com quem se casou.

Ela começou a achar que não tinha vocação para o teatro e preferia ficar em casa sendo dona de casa e mãe de família, mas morando em São Paulo, sempre foi convidada para papéis.

Quando seus filhos, Sérgio Toledo Segall, Mário Toledo Segall e Paulo Toledo Segall já estavam maiores, ela acabou se rendendo ao teatro, fazendo "Andorra". Após um tempo Beatriz foi para a TV Globo, onde fez Lourdes Mesquita, em "Água Viva", mas foi com o papel de Odete Roitman em 1988 na novela "Vale Tudo", que ela conseguiu o maior impacto. No episódio 193, a novela lançou um mistério: "Quem matou Odete Roitman?", que assassinada por 3 tiros, só teve o assassino revelado após 13 dias, no fim da novela.

Tal segredo foi guardado tão bem que até os atores gravaram 5 versões para o final, sendo que apenas o roteirista sabia qual era o real.

Beatriz não gostava muito da personagem, já que ela começou a se sentir subestimada em todos os papéis feitos após esse.

Fez também telenovelas em papel fixo até 2012 e uma minissérie de quatro capítulos em 2015.

Internada no Hospital Albert Einstein em Agosto por problemas respiratórios, teve alta, mas ao infelizmente retornar ao hospital, acabou não resistindo e vindo à óbito.

Beatriz deixa uma falta no elenco brasileiro e deixa também o seu legado sólido na dramaturgia brasileira.