O que incomoda aos portadores de deficiência não são os termos, mas as considerações

Já foram utilizados diversos termos para identificar um deficiente, os mais atuais são: PPD, PCD e PNE.

PPD (Pessoa Portadora de Deficiência) é uma sigla utilizada em toda a legislação brasileira relacionada às pessoas com deficiência, mas está desatualizada. Agora, deve ser substituída pela sigla PCD (Pessoa Com Deficiência) que é usada para se referir às pessoas que possuem deficiência física, auditiva, visual, intelectual ou múltipla (duas ou mais deficiências). E PNE (Pessoa com Necessidades Especiais) que se refere a um grupo que inclui idosos, gestantes, obesos, pessoas com deficiência e toda pessoa com uma necessidade especial (dificuldade de aprendizado, por exemplo).

O que incomoda aos portadores de alguma deficiência não são os termos em si, mas as considerações, que os fazem pensar que não fazem parte do mesmo grupo social.

De acordo com a Lei Brasileira de Inclusão, citada no capítulo II sobre ‘Igualdade e não descriminação’ do Art. 8, é dever do Estado, da sociedade e da família assegurar à pessoa com deficiência, com prioridade, a efetivação dos direitos referentes à todos os recursos decorrentes da Constituição Federal, da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, das leis e de outras normas que garantam seu bem-estar pessoal, social e econômico.

Em entrevista ao Jornal Somos, o Vice Presidente da Adefirv, Jovair Silva Cardoso, comentou sobre a questão dos termos utilizados para os Deficientes. Ele ressalta que também é portador de deficiência e nunca se importou com tais termos utilizados.

“Na maioria dos casos, nem é o próprio deficiente que se incomoda com o termo, mas as pessoas por fora que não sabem considerá-los. Eu sou deficiente físico e nunca me importei com esses termos. No meu pensar, o PNE se enquadra como o termo padrão sobre a realidade da deficiência que qualquer pessoa porta.”