O líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta, começou ontem (06/12) uma ação criminal na Procuradoria-Geral da República para pedir a investigação do filho do presidente eleito, Jair Bolsonaro, o senador eleito Flávio Bolsonaro, e a futura primeira-dama Michelle Bolsonaro, sob suspeita de receberem dinheiro ilícito.

O pedido do deputado se apoia em um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que mostrou uma movimentação incomum de R$ 1,2 milhão em uma conta no nome de um assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício José Carlos de Queiroz, entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017. O assessor foi exonerado do gabinete de Flávio em outubro deste ano. Pimenta também pediu a investigação do assessor.

O documento do Coaf deu início à Operação Furna da Onça, feita no mês passado, e que prendeu 10 deputados estaduais do Rio de Janeiro. O Conselho foi informado da movimentação na conta do assessor, pois ela era incompatível com o seu patrimônio e atividade econômica.

Uma das movimentações é um cheque de R$ 24 mil destinado a Michelle Bolsonaro, futura primeira-dama. Para Paulo Pimenta essa transação indica que a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, estaria custeando despesas pessoais da futura primeira-dama.    

Pimenta solicitou à PGR que apure “principalmente” a participação de Flávio e Michelle “em possíveis ilícitos criminais e administrativos, tendo em vista que as condutas do terceiro representado [Queiroz] já são objeto de investigação”.