O governo federal anunciou na quarta-feira (18), os cinco municípios onde o piloto do Projeto Sinais será implementado em 2020. Os municípios são: Araucária, no Paraná, Abaetetuba, no Pará, Salvador na Bahia, Goiânia, em Goiás e São Bernardo do Campo, em São Paulo. A partir de 2021 a expectativa é que a experiência com os projetos pilotos seja ampliada e passe a atender outras localidades.

O Sinais é criado com o objetivo de desenvolver a autonomia de pessoas com deficiência auditiva, por meio de atividades culturais e esportivas e pretende também, ampliar a disseminação da Língua Brasileira de Sinais (Libra), e assim, desenvolver novas habilidades e oportunidades para esse público.

Será disponibilizado pelo Ministério da Cidadania R$ 1,8 milhão em recursos para a implementação do Sinais no próximo ano. De acordo com Gabriel Citton, secretário Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social do Ministério da Cidadania, as atividades de esporte, cultura e de disseminação de libras, serão desenvolvidas três vezes por semana.

“Caberá às prefeituras identificar as atividades esportivas e culturais que serão implementadas, levando-se em conta a própria realidade”, disse o secretário. Entre os critérios adotados para a escolha dos municípios beneficiados estavam a quantidade de deficientes auditivos inseridos nos programas de transferência de renda do governo federal e a existência do Estação Cidadania, espaço que reúne programas de assistência social, esporte e cultura.

Apenas São Bernardo do Campo, não possui Estação Cidadania, segundo Citton. Para o secretário a experiência será relevante no sentido de ver se é ou não viável implantar o Projeto Sinais em municípios que não são atendidos por programas com o Estação Cidadania.

Ainda de acordo com o secretário, o governo busca parcerias com universidades interessadas em usar o Sinais para o desenvolvimento de pesquisas, bem como para a criação de vagas para estágios voluntários.

“Há estudos que mostram a relação entre coordenação motora e qualidade de vida dos surdos. O esporte melhora, por uma questão fisiológica, problemas no labirinto, que afetam o equilíbrio. Ao desenvolverem habilidades, há melhora no dia a dia e no trabalho”, afirmou o secretário.