quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Nesta quinta-feira (19), o presidente Jair Bolsonaro disse já estar pronto, e em vias de ser apresentado ao Congresso Nacional, projeto de lei que irá possibilitar a exploração de minério em terras indígenas. A ideia, segundo o presidente, é dar condições aos índios de arrendar suas terras para pecuária ou para a produção de soja ou milho, caso seja do interesse deles.
De acordo com Bolsonaro, a possibilidade de explorar minérios como a agropecuária, representará, para os índios, uma Lei Áurea. “Queremos que o índio possa, na sua terra, fazer tudo que um fazendeiro, ao lado, pode fazer na dele. O preço da carne subiu? Temos então de criar mais boi aqui. Não teve a Lei Áurea? Vou então inventar um nome. Quero dar a Lei Áurea para o índio”, disse.
Bolsonaro, ao lembrar que as áreas indígenas no Brasil são maiores do que a Região Sudeste, voltou a questionar o interesse estrangeiro nas reservas. “Grandes reservas Yanomami têm duas vezes o tamanho do Rio de Janeiro; Raposa Serra do Sol, entre outras, se tornaram independentes em nome da proteção deles [os índios], mas a ideia não é protegê-los, e sim pegar o que eles têm de bom. Vocês acham que os estrangeiros estão preocupados com o futuro deles? Não estão”, argumentou o presidente.
“Começou uma nova fase. Quero dar independência para os índios. Se quiserem pegar a terra e arrendar para alguém plantar soja ou milho, faça isso respeitando a nossa legislação. Os índios de Pareci, por exemplo, já são autônomos e são produtores rurais. O que o mundo faz? Querem demarcar cada vez mais terras indígenas e deixá-los lá como se fossem homens pré-históricos. Querem deixar as terras virgens e intactas para serem exploradas no futuro por outros povos. Por que você que é branco pode garimpar na sua fazenda e eles, que são índios, não podem?”, acrescentou.
Jair Bolsonaro, a fim de demonstrar aos jornalistas alguns índios a seu governo, apresentou dois integrantes da Sociedade de Defesa dos Índios Unidos do Norte de Roraima (Sodiurr), que estavam entre os apoiadores dele na porta do Alvorada, o cacique Jonas Marcolino e a índia Irisnaide de Souza.
“Queremos a liberdade econômica e a liberdade em todos aspectos. Queremos desfrutar os direitos humanos. Queremos boa educação, boa produção e dignidade”, disse o cacique. “Índio quando não tem independência fica mendigando e sempre dependendo de algo”, acrescentou Irisnaide.
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De acordo com a presidente da equipe, Kenia Leite, o objetivo é figurar entre as 5 melhores equipes da competição.