O uso de celulares nas escolas tem sido um tema muito discutido ultimamente, principalmente devido aos desafios enfrentados pela educação nos últimos anos.

Especialistas apontam que o uso excessivo de celulares e outros dispositivos eletrônicos pode atrapalhar a concentração dos alunos e afetar seu desempenho escolar.

Também há preocupações sobre como o tempo excessivo em frente às telas pode impactar a saúde mental e a socialização dos jovens.

Para tentar resolver esse problema, o Senado aprovou em dezembro de 2024 uma lei que limita o uso de celulares nas escolas. A medida proíbe o uso de aparelhos durante as aulas, intervalos e recreios, exceto quando for necessário para atividades pedagógicas ou em caso de emergência. O objetivo é proteger a saúde física e mental dos estudantes e criar um ambiente mais focado no aprendizado.

De acordo com uma pesquisa do Datafolha, divulgada em outubro de 2024, 62% dos brasileiros com 16 anos ou mais apoiam a proibição do uso de celulares nas escolas.

A pesquisa mostra que as pessoas estão cada vez mais preocupadas com os efeitos negativos que a dependência digital pode ter na aprendizagem e no desenvolvimento dos alunos.

Jessyca Nascimento, especialista em educação do Grupo Vitae Brasil, acredita que a proibição pode ajudar os alunos a se concentrarem mais nas aulas e a socializarem melhor. "Os celulares nas salas de aula são uma grande distração e podem prejudicar o aprendizado. Proibir seu uso pode ajudar a criar um ambiente mais saudável para os estudantes", explica Jessyca.

Além da distração, o uso excessivo de celulares também está relacionado a problemas como cyberbullying, ansiedade e dificuldade de atenção. Estudos mostram que o uso constante das redes sociais pode gerar dependência digital e afetar a autoestima dos jovens. Jessyca ainda ressalta que a proibição deve ser acompanhada de práticas educativas mais interessantes, para que os alunos se sintam motivados a aprender.

"Apoio medidas que ajudem a criar um ambiente mais focado e que favoreçam o aprendizado. Proibir os celulares é um passo importante nesse processo", conclui Jessyca.